Artigo: Apesar de você

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Por: Luís Bassoli*

  • O Ministério do Esporte foi criado em 1995, pelo presidente FHC, e extinto em 2019, pelo presidente bolsonaro.
  • Transformado em Secretaria Especial do Esporte, subordinada ao Ministério da Cidadania, sofreu redução ao mínimo no número de servidores: cerca de ⅔ dos funcionários foram demitidos.
  • O Bolsa Atleta, criado em 2005 pelo governo Lula, vive seu pior momento, não tem o valor reajustado desde 2010; dos 18 técnicos e funcionários que geriam o projeto, 16 foram demitidos.
  • Pra piorar, o governo não lançou o edital do Bolsa Atleta em 2020, o que deixou os atletas sem receber por meses.
  • Fernando Scheffer, bronze na natação, precisou treinar em um açude durante a pandemia; Felipe Vinícius dos Santos, do decatlo (terminou em 18.°), dirigiu Uber para se sustentar; cerca de 10% dos atletas olímpicos têm outra profissão.
  • Na Olimpíada do RJ, em 2016, a delegação brasileira foi de 465 atletas, reduzida para 301 em Tóquio.
  • Some-se a falta de apoio das empresas: 131 atletas competiram sem nenhum patrocínio e 41 precisaram fazer vaquinha para viajar.
  • Apesar dos cortes de verba e do sucateamento do Bolsa Atleta, os brasileiros tiveram um desempenho histórico em Tóquio, a melhor colocação: 12.° lugar, empatado em medalhas de ouro (7) e prata (6) com o Canadá, que conquistou 11 bronzes contra 8 do Brasil.
  • Isso mostra que o País resiste – e sobreviverá – ao pesadelo bolsonarista.

* Luís Bassoli é advogado e ex-presidente da Câmara Municipal de Taquaritinga (SP).

**Os artigos assinados não representam a opinião de O Defensor!

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