Carta aberta: Tempos sombrios

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Por: Dr. Fúlvio*

Neste mês de abril, completei 73 anos de idade. Em toda a minha vida, nunca vi a querida Taquaritinga tão abandonada. Entristece meu coração a cada esquina que ando e vejo a falta de amor com a nossa cidade. Há décadas, somos um ícone nacional do Carnaval, mas mesmo assim, conseguiram tirar a nossa alegria. Somos referência no cuidado ao próximo graças às instituições filantrópicas, porém, isso não impediu que a saúde pública municipal flertasse com o colapso. Dói saber que estamos à beira do abismo. Dói saber que nos últimos meses a cidade tem passado de mão em mão, sem que houvesse alguém com coragem para enfrentar os desafios e mudar a situação que todos nós estamos passando. Com cada pessoa que converso, percebo que se sentir negligenciado é um sentimento de todos, inclusive dos moradores de Guariroba, Vila Negri e Jurupema. Não serei omisso nesse momento em que Taquaritinga mais precisa. Não virarei as costas para o município que me deu as coisas mais importantes para mim: família e carreira de médico. Vou lutar com todas as forças, honestidade, transparência e amor para colocar as coisas de volta aos trilhos. Chegou o momento de termos voz. Sempre haverá esperança e salvação para um povo que, entre outras provas de bravura e determinação, construiu em 90 dias um estádio para 25.000 pessoas. Quem fez o Taquarão saberá unir-se em torno de um governante confiável para reconstruir a cidade arrasada. Unida, Taquaritinga é invencível.

*Dr. Fúlvio Zuppani é médico e ex-prefeito de Taquaritinga.

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