Clikando – Ética e bom senso são a alma do jornalismo

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Por: Gabriel Bagliotti*

Neste ano de 2023, minha graduação no curso de jornalismo completa 13 anos. E desde então, tenho labutado diariamente nesta profissão. Já contei aqui para vocês em diversas oportunidades, que iniciei minha vida no jornalismo, muito jovem, com apenas 14 anos, estudava no período matutino e logo após o almoço ingressava na redação de O Defensor, onde fui office boy, ajudante geral, fotógrafo social, de tudo um pouco, até começar a cobrir diariamente as atividades do Clube Atlético Taquaritinga, no qual pude produzir textos que passaram a ser publicados nas páginas de O Defensor. Isso muito antes de um dia eu sonhar em adquirir a empresa responsável pela editoração do periódico.

Com a chegada do terceiro colegial precisei escolher qual profissão gostaria de seguir e cursar uma faculdade. Lembro como se fosse ontem, os diversos papos com meu querido pai, Mario Bagliotti, a respeito de qual curso, qual faculdade e qual formação iria escolher.

E a paixão pelo jornalismo já estava impregnado nas veias. E lá fui prestar vestibular em faculdades da região para o curso de jornalismo. De cara conseguir a aprovação em duas, uma na cidade de São José do Rio Preto e outra em Araraquara.

Na faculdade tive oportunidade de estudar e ter excelentes professores dos mais diversos temas relacionados ao jornalismo. Entre esses temas, as aulas de ética pareciam ser as mais chatas e as mais desnecessárias, porém, hoje vejo o quanto é importante um jornalista ter ética em sua profissão.

O jornalismo é mais do que simplesmente relatar fatos e eventos. É uma missão, uma vocação que envolve a busca incessante pela verdade, vou repetir, pela verdade! Tendo sempre a responsabilidade de informar e a obrigação de manter a integridade. Na essência dessa profissão, estão dois pilares inquebráveis: a ética e bom senso.

O jornalista é um guardião da ética no campo da comunicação. Ele é encarregado de contar histórias, de dar voz às vozes silenciadas, e de ser a ponte entre o público e os eventos que moldam o mundo ao nosso redor. Isso requer um compromisso inabalável com a verdade, especialmente a imparcialidade e a justiça. Para quem não sabe a ética é a bússola que guia o jornalista através deste mundo cheio de fake News, da desinformação e da manipulação.

A ética jornalística não se trata apenas de seguir um código de conduta, mas de um compromisso moral com a sociedade. É a consciência de que as palavras e imagens que são compartilhadas têm o poder de influenciar pensamentos, moldar opiniões e até mesmo alterar o curso da história. Portanto, quando um jornalista se desvia da ética em favor de interesses obscuros ou grupelhos políticos, ele comete um crime contra sua profissão.

O jornalismo é alicerçado no bom senso, na capacidade de discernir o relevante do irrelevante, o equilíbrio entre o sensacionalismo e a seriedade. O bom senso é o filtro que separa a informação genuína da propaganda disfarçada. Quando o sensacionalismo e a partidarização obscurecem o bom senso, a confiança do público é corroída, e a sociedade perde uma valiosa ferramenta para a compreensão do mundo.

Além disso, o jornalismo também tem a responsabilidade de denunciar abusos de poder, corrupção e injustiça. Isso só é possível quando os jornalistas têm a coragem de desafiar o status quo é de investigar incansavelmente a verdade, independentemente de quem ela possa prejudicar.

Em resumo, o jornalismo é uma profissão nobre e vital para a democracia. Seu sucesso depende da integridade dos jornalistas, que devem se manter firmes em seu compromisso com a ética e o bom senso.

Vale destacar que aqueles que traem esses princípios prejudicam não apenas a si mesmos, mas também a credibilidade e a confiança na profissão. Portanto, a ética e o bom senso devem permanecer como a alma do jornalismo, protegendo-o da corrupção e assegurando sua capacidade de informar, educar e inspirar a sociedade, não se vendendo a interesses políticos de patrões com o objetivo de se perpetuar no poder.

*Gabriel Bagliotti é jornalista responsável e diretor presidente de O Defensor.

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