Crônica: O rock e a literatura

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Por: Sérgio Sant’Anna

Admirável Chip Novo, música composta pela rockeira Pitty, baseia-se na intertextualidade com a obra Admirável Mundo Novo de Aldous Huxley; Monte Castelo de Renato Russo busca a intertextualidade com a Lírica camoniana e Coríntios na Bíblia;  Animals” do Pink Floyd foi lançado no ano de 1977 e é baseado no livro “A Revolução dos Bichos” do escritor inglês Geroge Orwell.

Com uma bucólica sátira à sociedade moderna; O segundo álbum do The Alan Parsons Project, “I Robot” do ano de 1977, também é baseado em literatura, desta vez, no livro homônimo de Isaac Asimov lançado em 1950; Aurora Consurgens” lançado pelo Angra no ano de 2006 é baseado em um tratado de alquimia medial homônimo de autoria desconhecida e muitas vezes atribuído a São Tomás de Aquino.

Além de ser um manuscrito tido como “iluminado”, o texto traz trinta e oito pinturas em aquarela; Os Meninos da Rua Paulo” do Ira! foi lançado no ano de 1991 e é baseado no livro homônimo do escritor húngaro Ferenc Molnár; Dos clássicos há The Doors, nome tirado do livro As portas da percepção, de Aldous Huxley (que por sua vez tirou o título do poeta William Blake);  Steely Dan e Sof Machine escolheram seus nomes a partir da obra de William Burroughs (não à toa, um dos heróis do underground musical), e o The Fall (uma das minhas favoritas) inspirou-se em A Queda, de Albert Camus.

* Sérgio Sant’Anna é Professor de Língua Portuguesa do Anglo e COC Professor de Redação da Rede Adventista e Jornalista.

**Os artigos publicados com assinatura não manifestam a opinião de O Defensor. A publicação corresponde ao propósito de estimular o debate dos problemas municipais, estaduais, nacionais e mundiais e de refletir as distintas tendências do pensamento contemporâneo.

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