Artigo: Taquaritinga uma cidade doente a beira do colapso

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Por: Francismar Nascimento

No último dia 1º de maio foi comemorado o Dia do Trabalho, ou Dia do Trabalhador, mas o que o trabalhador de nosso município Taquaritinga tem a comemorar?

Estamos numa cidade que a cada dez anos vem uma empresa grande ou de médio porte para nossa cidade gerar empregos, mas não tem uma política educacional de incentivar,  manter as pequenas empresas existentes aqui, uma cidade que não incentiva o pequeno empresário a crescer e gerar mais empregos gerando renda ao município, para as grandes empresas dão terrenos, isenção de impostos e muitas vezes essas empresas não geram a quantidade de empregos  a qual necessitamos.

Estamos numa cidade que tem quatro sindicatos de boa representação, sindicato dos funcionários públicos, sindicato dos comerciários,  sindicato dos trabalhadores rurais  e sindicato das empresas alimentícias, esses sindicatos parecem não conversar entres si, cada um luta por causa própria e não para o bem de todo trabalhador de nosso município, pois nenhum sindicato fez um evento para o trabalhador que representa no 1º de maio.

No Brasil o cenário político e econômico não andam muito bom, desde a polarização política das últimas eleições e a falta de confiança dos investidores diante da política econômica confusa e insegura que o governo federal expõe com os juros altos e cada vez criando novos impostos, nenhum investidor estrangeiro ou nacional está investido no nosso país e com isso quem mais sente são as pequenas cidades como a nossa.

Falando em cenário político, em nossa Taquaritinga por aqui o cenário político não anda muito bom, tendo em vista que desde setembro de 2022 a situação financeira da prefeitura não anda muito boa. Desde os bloqueios judiciais por conta de precatórios, atrasos de pagamento de fornecedores e prestadores de serviços e obras inacabadas, com isso ficou exposto a fragilidade de nossa saúde diante da explosão de casos de dengue e de gripe do final de 2022 para início de 2023, saúde essa que não anda muito boa com muito relatos de usuários do sistema SUS de falta de medicamento nas farmácias municipais e funcionários dos posto de saúde e da unidade de pronto-atendimento relatando falta de insumos básico para prestar um bom atendimento, vem a notificação da Santa Casa que não irá fazer cirurgias  eletivas e exames por falta de repasse de verba para a entidade.

Agora a atual administração diante gastos exagerados e sem controle, se viu numa situação que ao invés de cortar os próprios gastos com cargos de confiança, aliais muitos cargos que só aparecem em fotos porque no dia a dia não se vê fazendo benfeitoria alguma para o município, resolve mexer onde? Nele no funcionalismo público, que desde o de 1º de maio não ganham mais horas extras, e quem perde com isso?  Só o funcionário público, a reposta é não! Quem perde com isso são os trabalhadores, são os coletores de lixo, são as enfermeiras (os), são os vigias, motoristas, professores, recepcionista e os serviços gerais.

Mas quem mais perde é o município, se não bastasse os atrasos de pagamento para os empresários e prestadores de serviços da cidade, com esses corte de horas extras do funcionalismo público, o comercio local irá sofrer mais, será menos dinheiro injetado em nossa economia, com isso empresários locais já estão assustados com as poucas vendas (roupas, sapatos, postos de gasolina e até mesmo os supermercados) e estão com medo novamente de viver uma situação não muito longe de quando os funcionários públicos ficaram 5 meses sem receber salários.

Com todo esse cenário político e econômico que nos cerca fica a pergunta, o que se comemorou no 1º de maio?

Estamos numa cidade doente, você olha para o funcionalismo público e vê  o desânimo que ele tem de ir trabalhar, além de saber que não irá ganhar o que merece, muitas vezes irão ficar parado em seu setor por falta de material para executar um serviço, e pior disso ser taxado de preguiçoso. Estamos numa cidade doente, você olha para o empresário local o desânimo dele em investir na cidade, o medo de vender e não receber e ter que pagar seu fornecedor ou banco, estamos numa cidade a beira de um colapso financeiro sem perspectiva de melhoras.

Fica novamente a minha pergunta: O que se comemorou no 1º de Maio?

*Francismar Nascimento.

**Os artigos publicados com assinatura não manifestam a opinião de O Defensor. A publicação corresponde ao propósito de estimular o debate dos problemas municipais, estaduais, nacionais e mundiais e de refletir as distintas tendências do pensamento contemporâneo.

 

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