Artigo: Ao ostracismo devem ser dispostos os que defendem atos violentos

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Por: Prof. Sergio A. Sant’Anna*

Há menos de um mês das eleições gerais o clima parece esquentar. Faltam apenas quatro domingos. Incendeia-se a polarização alimentada entre nós e eles, direita e esquerda, cidadãos de bem e os demais. Um retrocesso pautado no ódio, na discriminação, no menosprezo, na desunião, na violência, na perpetuação do poder em busca do individualismo familiar. Enriquecer-se a todo custo. Manter-se no poder pelo fórum privilegiado e o evitar do xadrez.

Está lançada a corrida ao poder. Mudar o País ou apenas enriquecer-se na vida legislativa e executiva? Lutar pelo bem da população ou brigar pelos bens que destinarei aos meus irmãos? Não se engane, amigo eleitor! Há que se observar, analisar, perpassar pela vida política destes os quais você deixará digitado o seu voto (a urna eletrônica sempre foi confiável). Mente-se muito! Falácias são proferidas em nome do capital. Discursos sem argumentos são estruturados em posições subjetivas apenas para levá-lo ao medo, ao pavor, ao absurdo e depois votar de maneira irracional, louvando os preceitos e propostas que apenas são enganações eufêmicas, recursos do discurso político para ascender-se ao cargo objetivado.

Todavia, para se chegar ao poder a violência parece que há alguns anos incorporou-se ao discurso mentiroso e se lança como natural (chegaram a armar Jesus). Um misto de ilogicidade e desespero para se perpetuar no poder. Num primeiro momento a violência é difundida através do discurso de ódio, palavras de baixo-calão, elementos que não condizem com aquela verdadeira argumentação: fundamentada e dialógica. Basta você continuar insistindo, e veremos seres humanos transformando-se em animal. E não é qualquer animal. Longe do inseto apresentado na obra kafkaniana ou mesmo a lendária criatura de “O coronel e o lobisomem”. Eles se proliferaram, alicerçados por um discurso presidencial chulo e violento, um misto de ignorância e ódio. Não são resultado deste insano que governa o País, só estavam à espreita, esperando um discurso que bonificasse suas ações. E nada melhor como este que circula pelas lives e poucos entrevistas proferidas pelo presidente da República.

Diante de tanta barbárie, da pouca política e ações, este governo se concentra nos ataques aos seus adversários de maneira mentirosa e estratégica, mas também dotado de um discurso que o escancara como vítima, atacado constantemente pelo jornalismo. Dessa forma, este Messias, que procura conduzir o seu rebanho, inflama-os em nome de ideais que aproximam a violência a um discurso religioso jamais posto diante dos versículos bíblicos. Este que aí tenta nos ludibriar carrega em seu livro “santo” o gosto de sangue e o amolar das lanças para lutar contra um inimigo visto no espelho: ele mesmo.

É necessário, que o basta seja digitado nas urnas eletrônicas nesta eleição que se avizinha. É inadmissível suportarmos tantas ofensas, preconceito, corrupção por parte daquele que jurou perante à Constituição cuidar de seu povo. De fato, cuida da sua família, muito bem por sinal, ao comprar inúmeros imóveis com dinheiro vivo; assim cuidou dos demais que o cercavam ao envolver-se num esquema de “rachadinha” quando deputado federal, e isso me parece genético, pois seus filhos Carlos e Flávio são acusados da mesma conduta ilícita. Que ao final de todo essa ignomínia, os culpados sejam punidos e ao ostracismo sejam lançados aqueles que compactuam com tanto descalabro em busca do enriquecimento ilícito.

*Prof. Sergio A. Sant’Anna – Professor de Redação nas Redes Adventista e COC em SC e jornalista.

**Os artigos publicados com assinatura não manifestam a opinião de O Defensor. A publicação corresponde ao propósito de estimular o debate dos problemas municipais, estaduais, nacionais e mundiais e de refletir as distintas tendências do pensamento contemporâneo.

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