Artigo: Três assuntos

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Por: Rodrigo Segantini*

Dentre as melhores pessoas que conheci, boa parte delas estão relacionadas à advocacia taquaritinguense. Grandes nomes que marcaram a história da cidade e a vida de muita gente que precisou de seus préstimos na defesa de seus interesses na busca por Justiça. Contudo, certamente, uma pessoa que é unanimidade entre todos que militam no Judiciário desta comarca não é advogada: dona Cida Balieiro.

Dona Cida é a mãe da advocacia taquaritinguense. Não há um só advogado atualmente militante no foro taquaritinguense, não há um servidor do Juízo de Direito ou do Ministério Público locais que não tenham carinho e respeito por ela, um verdadeiro baluarte de nossa subsecção da OAB. Ela acolheu a todos os advogados e funcionários da OAB taquaritinguense nas últimas décadas, várias vezes nos orientando e até nos ensinando sobre como realizarmos com esmero nosso mister, nos apoiando e aconselhando sobre como resolver problemas para aprimorarmos nosso desempenho.

Mas, como tudo na vida passa, dona Cida também passou. Passou, mas deixou seu rastro em nossa história, marcou nossas vidas e firmou seu legado junto à Justiça de Taquaritinga. Dona Cida passou, mas suas lições, seu sorriso e sua candura ficarão para sempre por aqui, entre nós, aqueles que a conheceram.

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Conheci Bárbara e Bernadete no tempo em que trabalhei como chefe de gabinete na Prefeitura e Vitório Cavalini foi o subprefeito no distrito de Guariroba, quando Paulinho Delgado era prefeito. Isso já faz pouco mais de quinze anos. Bárbara era pouco mais de uma menina e Vitório e Bernadete era um casal exemplar.

Há alguns anos, não tenho contato com Vitório e sua família. Desde que minha esposa Adriana sofreu um acidente de carro enquanto ia para Ribeirão Preto e, por conta disso, ficou em coma por um ano e meio antes de falecer, acabei não me encontrando mais com eles. Porém, graças às redes sociais, foi assistindo como Bárbara se desenvolveu, se tornando uma mulher empreendedora, para o orgulho de Bernadete, que sempre a apoiou e esteve a seu lado, auxiliando-a.

Desafortunadamente, quis o destino que o mesmo a família de Vitório passasse pelo mesmo apuro que a minha passou. Por conta de um inexplicável acidente automobilístico em uma rodovia durante um deslocamento rumo a Ribeirão Preto, Bárbara e Bernadete foram vitimadas. Porém, ao contrário do que houve com minha esposa, seu passamento foi instantâneo.

Porque já esbarrei na dor que Vitório sente agora, imagino o que ele pode estar sentindo. Bárbara e Bernadete deixarão saudades, certamente. Mas é Vitório quem precisa de nossa solidariedade e de nossa amizade. A elas, nossas orações mais fervorosas; a ele, nossa compaixão e nossa disponibilidade.

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A guerra na Ucrânia já segue há quase um mês. A possibilidade da Rússia fazer uso de armas químicas e nucleares estão assombrando o planeta. Para evitar que isso acontece, as nações permanecem silentes e preferem embargos econômico a uma intervenção bélica.

Não sabemos se isso resolverá alguma coisa, mas é inevitável pensar no que disse o médium Chico Xavier em em 1971, durante o programa Pinga-Fogo, na extinta TV Tupi, a respeito de um suposto prazo de 50 anos a contar da data em que o homem pisou na Lua, no qual deveria ser evitado a todo custo uma possível III Guerra Mundial. Parece que nós fracassamos…

Que Deus tenha piedade de nós. Oremos clamando pela misericórdia do Senhor.

*Rodrigo Segantini é advogado, professor universitário, mestre em psicologia pela Famerp.

**Os artigos publicados com assinatura não manifestam a opinião de O Defensor. A publicação corresponde ao propósito de estimular o debate dos problemas nacionais e mundiais e de refletir as distintas tenências do pensamento contemporâneo.

 

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