Artigo: Olavo de Carvalho tem razão

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O escritor expôs as mazelas do Brasil e ensinou que a cultura é o caminho para curá-las.

Olavo de Carvalho com certeza foi um gigante para nossa cultura, mostrou o quão podre e doente nossa sociedade está, e além, ele mostra como curá-la. Seus livros, pensamentos e aulas foram decisivos para dar início a uma geração de estudantes e profissionais que farão a diferença em vários âmbitos da sociedade. Sua busca pela verdade e amor ao saber deu-nos ideia de um ser humano ímpar, e ao mesmo tempo polemista.

Olavo mostrou durante as aulas de forma bem inteligente e, pasmem, com calma, como são feitas as interpretações de um texto/autor, como pensar e como ser organizado com uma vida de estudos; pediu aos alunos para não darem opiniões, e sim, mostrar conhecimento sobre determinado assunto. Ou seja, o professor foi sensato durante suas aulas e, sábio quanto aos conselhos.

O que o Olavo fez basicamente foi fazer o brasileiro ir em busca de conhecimento e sabedoria com autores, pensadores e filósofos “já esquecidos e superados” pela esquerda, contudo, já dizia o velho sábio “Não há nada de novo debaixo do Sol”. Sim, desde a antiguidade enfrentamos os mesmos problemas e dilemas, seja da morte, ambição, inveja, ciúmes, conspiração, busca pelo poder, e por aí vai.

Romper a hegemonia do pensamento de viés esquerdista foi realmente um marco para nossa sociedade/cultura; nunca alguém sozinho fez tanto barulho como ele o fez. Ter pensamentos novos acerca de algo é desafiador e difícil, mas não impossível, quantos de nós apenas repetimos frases prontas em conversas que dão ares de inteligência para quem os usam, mas são sem sentido e vazios. Como diz Orwell: Guerra é paz, liberdade é escravidão e ignorância é força.

Não postergar conhecer e sempre melhorar é algo do qual jamais deixarei de fazer por conta dele. Há uma frase interessantíssima que ele sempre dizia: “A inteligência, ao contrário do dinheiro ou da saúde, tem esta peculiaridade: quanto mais você a perde, menos dá pela falta dela”.

Infelizmente, vivemos neste torpor social, pois quantos brasileiros leem e estudam com afinco, ou que escrutam um texto, procuram seus significados para com isso absorvê-los?

Por fim, em seu artigo intitulado Geração perdida, o brasileiro vai pensar em ser alguém melhor, buscar talvez mais cultura quando este já estiver aposentado, pois convenhamos, quem hoje tira um tempo para leitura, para um autoconhecimento? Postergamos e procrastinamos nesses assuntos, pois nossa cultura prioriza futilidades sem fim. Que descanse em paz, caro professor!

* Gabriel Felipe Giglio Ordine é Formado em Processamento de dados pela Fatec Taquaritinga, Formado em Letras pela Universidade Paulista  e Especialista em Língua Portuguesa pela Faculdade São Luís.

**Os artigos publicados com assinatura não manifestam a opinião de O Defensor. A publicação corresponde ao propósito de estimular o debate dos problemas nacionais e mundiais e de refletir as distintas tenências do pensamento contemporâneo.

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