Taquaritinguense relata tensão em Israel devido ao conflito com o Hamas

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Maristela Galati, residente em Tel Aviv, compartilha detalhes do impacto da guerra.

O conflito entre Israel e o grupo terrorista Hamas tem causado tensão e medo na região do Oriente Médio, especialmente em Israel. A guerra, que teve início no último sábado (7), tem deixado uma taquaritinguense residente em Tel Aviv, Maristela Galati, no epicentro de um conflito que está chocando o mundo.

Israel, um país com cerca de 8,5 milhões de habitantes, tem sido alvo de ataques do Hamas, que governa a Faixa de Gaza. Os confrontos incluem invasões, mortes e sequestros de civis, ampliando a preocupação e a tensão na área.

Maristela Galati, uma jornalista de 30 anos que vive em Tel Aviv há seis anos, compartilhou relatos do que está acontecendo na região e como isso está afetando a vida dos moradores locais.

“Desde sábado, estamos sendo atacados pelo grupo terrorista Hamas, e fomos atingidos por bombas e mísseis. Eles invadiram Israel no sábado de manhã, usando terra, mar e até mesmo paraquedas. Cerca de 3 mil pessoas estavam participando de uma festa, que incluía brasileiros, perto da Faixa de Gaza. Os ataques pegaram todos de surpresa, resultando na morte de muitos, incluindo 3 brasileiros, sendo que um ainda está desaparecido”, relatou Maristela.

O clima na região é de tensão constante, com relatos de pessoas sequestradas, incluindo mulheres e crianças. “Eles estão disparando mísseis para Israel desde sábado. Eu moro no centro de Israel, em Tel Aviv, e na segunda-feira, nós tivemos algumas explosões, mas, na verdade, a maior parte dos mísseis tem atingido outras cidades do país. Ontem, em um curto período de tempo, foram enviados mísseis novamente, em três momentos distintos”, explicou.

Quando mísseis são disparados, as autoridades locais alertam a população com sirenes, indicando que é necessário buscar refúgio. Maristela compartilhou que possui um quarto seguro em seu apartamento, conhecido como bunker, que é projetado para resistir a explosões em caso de impacto direto de mísseis.

Israel atualmente está preparando uma invasão da Palestina pelo exército israelense, com o objetivo de acabar com o grupo Hamas de uma vez por todas. Maristela mencionou que o governo israelense já recomendou que os cidadãos estocassem alimentos e água em casa para garantir que eles não precisassem sair em caso de piora da situação.

No que diz respeito à sua permanência em Israel, Maristela compartilhou: “Recebi muitas mensagens de amigos e familiares perguntando se eu vou continuar aqui ou voltar ao Brasil. O governo brasileiro tem organizado voos de repatriação para trazer brasileiros de volta ao país, mas, como muitos de vocês sabem, sou casada com um israelense. Por enquanto, meu plano é permanecer aqui. É o meu país, minha casa nos últimos seis anos. Quero apoiar Israel, meu marido e sua família.”

Ela também enfatizou que, embora o cenário seja incerto e assustador, sua intenção é ficar em Israel e enfrentar essa crise ao lado de seu marido. No entanto, ela mencionou que, se a situação piorar significativamente, poderá reconsiderar sua decisão.

O relato de Maristela Galati é uma janela para as tensões em curso no Oriente Médio e um testemunho do impacto humano desse conflito em andamento.

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