Artigo: Dissonância cognitiva – indutor e induzidos

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Por: Luís Bassoli*

É consenso entre psicanalistas e psicólogos que o ex-presidente Jair Bolsonaro é um “condutopata”, que não tem sentimentos de compaixão e empatia, nem valores morais.

Também é consenso entre filósofos, antropólogos e sociólogos que essa psicopatia causou o “bolsonarismo”, ajuntamento de pessoas acometidas do “narcisismo dos ressentidos e fracassados”, que, por falta de instrução ou deficiência de caráter, culpam os outros pelos seus fracassos.

O fenômeno do bolsonarismo é denominado “dissonância cognitiva coletiva”.

Guido Palomba, conceituado psiquiatra forense do País, explicou que tal “dissonância cognitiva” (desequilíbrio do raciocínio) só é possível graças à existência de um “ente indutor” (o próprio Bolsonaro) que induz, influencia e protege os “induzidos” (os bolsonaristas).

O indutor utiliza das redes sociais para propagar o ódio, base da dissonância coletiva.

Financiada por empresários, comerciantes, políticos, jornalistas etc., foi criada uma “microsfera extremista”, espécie de “ecossistema” que semeia, cultiva e floresce fakenews e discursos racistas, no Facebook, Instagran, YouTubre, Twitter, WhatsApp e Telegran.

Os induzidos recusam informações de outras fontes que não as do indutor.

Os vândalos do Oito de Janeiro

só praticaram os atos terroristas porque foram incentivados (induzidos) pelo ex-presidente – e se sentiam por ele “protegidos”.

Guido Palomba concluiu que, para combater essa “dissonância cognitiva coletiva”, é preciso, o quanto antes, afastar o indutor dos induzidos.

A Justiça começou a julgar e punir os induzidos, mas terá que alcançar o indutor.

* Luís Bassoli é advogado e ex-presidente da Câmara Municipal de Taquaritinga (SP).

**Os artigos publicados com assinatura não manifestam a opinião de O Defensor. A publicação corresponde ao propósito de estimular o debate dos problemas municipais, estaduais, nacionais e mundiais e de refletir as distintas tendências do pensamento contemporâneo.

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