Artigo: Agricultura 4.0 – Inovando o Agronegócio

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Por: Marcus Rogério de Oliveira* e Luciana Aparecida Ferrarezi**

Nas terras de nossa querida região, a agricultura é mais do que uma atividade econômica, é um modo de vida. Nossos agricultores são verdadeiros heróis que alimentam o mundo, enfrentando desafios diários para garantir que tenhamos alimentos saudáveis e sustentáveis em nossas mesas. Reconhecendo a importância vital da agricultura em nossa região, a Fatec de Taquaritinga tem liderado esforços para impulsionar o setor por meio da agricultura 4.0.

A agricultura 4.0 representa a convergência entre a agricultura e as tecnologias digitais. Ela visa utilizar a tecnologia para aumentar a eficiência, a produtividade e a sustentabilidade do setor agrícola. Através de avanços em áreas como internet das coisas (IoT), big data, inteligência artificial e automação, estamos testemunhando uma verdadeira revolução na forma como a agricultura é conduzida.

Com o objetivo de promover a inovação e fortalecer a ligação entre a academia e o setor agrícola, a Fatec de Taquaritinga está criando o Núcleo de Estudos e Desenvolvimento em Agricultura 4.0. Esse centro se concentrará em desenvolver estratégias de negócio e soluções tecnológicas adaptadas às necessidades específicas de nossa região agrícola, capacitando nossos agricultores a enfrentar os desafios do século XXI.

Os desafios inerentes à agricultura, como a variabilidade climática, a gestão de recursos, o acesso aos mercados e a busca pela sustentabilidade, estão cada vez mais complexos, e a agricultura 4.0 oferece uma gama de oportunidades para superar esses desafios.

A variabilidade climática é uma realidade constante em nossa região e a  agricultura 4.0 permite o uso de sensores e tecnologias de monitoramento para coletar dados em tempo real sobre o clima, solo e plantas, permitindo que os agricultores tomem decisões mais informadas sobre irrigação, adubação e manejo de culturas.

A gestão eficiente de recursos é essencial para garantir a sustentabilidade agrícola a longo prazo. Com a agricultura 4.0, os agricultores podem otimizar o uso de fertilizantes e pesticidas, reduzindo o desperdício e minimizando os custos.

Acesso aos mercados é outro desafio significativo enfrentado pelos agricultores em nossa região. Estamos criando e auxiliando a aplicação de novas estratégias de plantio e de negócio alinhadas com as exigências dos principais mercados mundiais.

Além disso, a agricultura 4.0 pode impulsionar significativamente a produtividade. Com o uso de drones, robótica agrícola e análise de dados em larga escala, podemos monitorar e otimizar as operações agrícolas de forma mais precisa e eficiente. Isso resulta em maior produtividade e colheitas de melhor qualidade.

Através do Núcleo de Estudos e Desenvolvimento em Agricultura 4.0, estabeleceremos parcerias com produtores rurais, empresas de tecnologia e instituições governamentais para desenvolver soluções inovadoras que atendam às necessidades específicas de nossa região agrícola.

A agricultura 4.0 é uma jornada emocionante que oferece um futuro promissor para o agronegócio em nossa macro região. Com criatividade, determinação e colaboração, podemos enfrentar os desafios que se apresentam e criar um setor agrícola mais resiliente, produtivo e sustentável.

É importante que nossa região ingresse na cultura da agricultura 4.0, pois ela oferece recursos que podem possibilitar um futuro com grandes e importantes novos negócios para toda a comunidade agrícola. Juntos, podemos colher os frutos da inovação.

* Marcus Rogério de Oliveira, Professor da Fatec, é mestre em Ciência da Computação pela USP e doutor em Biotecnologia pela UFSCar.

*Luciana Aparecida Ferrarezi é Diretora de Fatec de Taquaritinga. Doutora em Educação Escolar, Mestre em Educação Matemática e Graduada em Matemática pela Unesp e funcionária e professora da Fatec desde 1994.

**Os artigos publicados com assinatura não manifestam a opinião de O Defensor. A publicação corresponde ao propósito de estimular o debate dos problemas municipais, estaduais, nacionais e mundiais e de refletir as distintas tendências do pensamento contemporâneo.

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