Nossa Palavra – Ataques em escolas

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A facilidade de encontrar conteúdo extremista glorificando ataques a escolas nas redes sociais levou muitos usuários a questionarem quem está, de fato, investigando tudo isso e o que as autoridades estão fazendo para combater esse incentivo a ataques e essa radicalização.

Em um curto espaço de tempo, em que ataques a unidades de ensino horrorizaram o país, inúmeras postagens cultuando os massacres e seus autores foram identificados, por usuários das redes sociais e reportadas pela imprensa.

As respostas às postagens extremistas mostram que há certa confusão sobre quem deveria investigar esse conteúdo e sobre o que está sendo feito pelas forças de segurança. E em qual momento a polícia deveria intervir e o que poderia ser feito.

A Polícia Federal afirma que, embora não tenha uma unidade específica para combater ameaças de ataques às escolas na internet, porque em geral isso foge da sua atribuição, ela faz o encaminhamento necessário a cada caso, quando investigações, monitoramentos ou mesmo queixas de pessoas sobre ameaças chegam à instituição.

A dificuldade é que, além de ter uma atuação com limitação territorial, a Polícia Civil precisa de indícios de que uma conduta na internet se encaixa em uma descrição de um crime para investigá-la, embora, em muitas vezes, não se encaixa em nenhum deles.

Todas essas dificuldades, no entanto, não significam que não haja nada que as autoridades policiais possam fazer, enquanto não houver novas leis sobre o assunto.

Se houver qualquer indício de localidade dos usuários radicalizados ou de lugares onde eles afirmam que vão agir, a Polícia Civil estadual do Estado atua no caso.

Recentemente, o governo federal anunciou a criação de uma força tarefa do Ministério da Justiça com as delegacias estaduais contra crimes cibernéticos para prevenir e reprimir ataques às escolas.

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