Artigo: O futuro da busca para a longevidade

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Por: Arthur Micheloni*

Recentemente, durante o segundo seminário sobre longevidade realizado na Universidade Nacional de Singapura (NUS), um empreendedor chamado Ivan Katchkov lançou uma plataforma que utiliza inteligência artificial e propõe guiar as pessoas para o envelhecimento saudável. A intenção é traçar um programa personalizado para cada usuário, assim explica seu criador:

“Em primeiro lugar, não se pode dizer há ‘a saúde’ em estado pleno versus a doença. O que existe é um amplo espectro no qual vivemos e o mais importante é o cuidado contínuo. Nunca tivemos tantas informações sobre nós mesmos, e é esse cuidado personalizado que vai prevenir enfermidades e possibilitar administrar condições crônicas”.

Seus estudos se baseiam em seis pilares e sua intenção, assim como ele mesmo afirma, é que todos possamos viver uma vida com mais anos e mais anos com saúde. Destes seis, três são físicos e outros três mentais ou emocionais. Até porque, como já foi dissertado várias vezes em meus artigos, tanto nossa saúde mental, quanto nossa saúde física estão ligadas, sendo impossível uma dissociação entre as duas.

Sendo assim, Ivan, junto de sua equipe criaram os seis pilares para a longevidade:

  1. Nutrir-se: a importância da alimentação e da hidratação; o equilíbrio da microbiota (“como extrair nutrientes e eliminar toxinas”).
  2. Mover-se: exercícios aeróbicos, de resistência, força e equilíbrio, como manter a massa muscular e proteger a densidade óssea.
  3. Descansar: a higiene do sono, fundamental e cada vez mais objeto de estudos.
  4. Conectar-se: a rede de relações e de afetos que nos sustentam emocionalmente.
  5. Refletir: a conexão consigo mesmo (não necessariamente fazer meditação, mas estar focado em si mesmo). E aqui Katchkov sugere inclusive que desinstalemos aplicativos e passemos uma semana fora das redes sociais, para avaliar se fizeram tanta falta assim…
  6. Crescer: como vamos nos conectar com nosso futuro eu, para termos sempre um propósito que nos enriqueça. “Veja que ambientes estimulam o melhor de você”, ensina.

O aplicativo com a ajuda da sua inteligência artificial reúne dados de todas essas áreas citadas, começando pelas informações de check-up ou de um exame de sangue com o máximo de biomarcadores, com todas essas informações, o aplicativo monta um programa diversificado para cada pessoa, explica Katchkov:

“Atletas podem estar muito bem do ponto de vista físico, mas com sérios problemas no campo dos relacionamentos. A saúde não pode ficar na terceira pessoa, como se o médico fosse resolver tudo. Precisamos de uma grande mudança mental neste sentido e a jornada começa hoje: organize seus dados, programe suas ações e as transforme em hábitos. Se você tem menos de 80 anos, tente novas coisas. Se tiver mais de 80, também tente novas coisas”.

Sua plataforma leva o nome de ‘’Kalibra’’, e mesmo que ainda se encontre em uma versão beta, é grátis para quem quiser ingressar nessa primeira fase de testes do aplicativo e já está disponível tanto na App Store quanto na Google Play.

* Arthur Micheloni é Fisioterapeuta, pós-graduado em Osteopatia, Ortopedia e Traumatologia, pós-graduando em Fitoterapia, discente e adepto da Medicina Integrativa e graduando em Nutrição – e-mail: [email protected].

**Os artigos publicados com assinatura não manifestam a opinião de O Defensor. A publicação corresponde ao propósito de estimular o debate dos problemas municipais, estaduais, nacionais e mundiais e de refletir as distintas tendências do pensamento contemporâneo.

 

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