Artigo: Potencialidades x Escolhas

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Por: Prof. Eduardo José Aloia

O sol nasce e apresenta diariamente aos brasileiros o país de futuro.

Eternamente o “País do Futuro”.

Com isso em mente, todo brasileiro deveria fazer um curso sobre todas as potencialidades deste eterno país do futuro.

Nesse curso seria apresentado a um país continental, no qual, países como Inglaterra, Itália, França, Japão, Alemanha, Espanha, Portugal caberiam todos dentro das fronteiras nacional.

Caberia aqui a primeira pergunta: Se alguns deles são grandes potências econômicas, por que motivo nós não?

Aprenderia, nosso ilustre brasileiro, que habita um país com grande biodiversidade; agricultura diversificada; matriz energética constituída em sua maior parte de fontes de energias renováveis; com 8.000 km de litoral aprazível e ensolarado; rico em minérios e materiais raros; possuindo grandes aquíferos como o Aquífero Guarani e o imenso Sistema Aquífero Grande Amazônia (SAGA); detentor de 6 biomas, etc., etc., etc. e põe etc. nisso.

Após aprender sobre as potencialidades nacional, por certo, sairia pensando: “Por que motivo este país ainda consegue produzir, a fome, a pobreza e o desemprego”.

Por que motivo o país se parece como uma Ferrari e a nós se apresenta como um Fusca. Quem lucra com esta realidade?

A resposta deve-se a um país de eternas potencialidades e péssimas escolhas.

As péssimas escolhas realizadas no presente condenam o país à mediocridade, ao desemprego, à inflação elevada, à pobreza e à fome.

Quais escolhas apontam para uma educação de qualidade e desenvolvimento de uma CIÊNCIA nacional?

Quais escolhas apontam para o desenvolvimento da “Industria Verde”?

Quais escolhas apontam para o estudo e uma melhor utilização da biodiversidade dos biomas nacional?

Quais escolhas apontam para o desenvolvimento do Capital Humano Nacional?

Enfim, quais escolhas apontam no sentido de transformar em “realidade presente” todas as potencialidades futuras?

A realidade crua vivenciada pela pandemia desnudou um país em que a necessidade do SUS se mostrou imprescindível e apontou que grande parte da população precisa de assistência social.

No entanto, tais brasileiros não podem e não devem ser usados como massa puramente eleitoral por políticos negacionistas e psicopatas. Uma vez mais cabe ressaltar aqui que responsabilidade fiscal não significa descaso social.

Estamos todos em maus lenções, sentados à beira do precipício, mas isso não deve nos impedir nunca de levantarmos a cabeça… e observarmos as estrelas. Quem sabe nosso futuro não esteja nelas.

*Prof. Eduardo José Aloia possui graduação em Eng. Elétrica e mestrado e doutorado em Computação pela Universidade de São Paulo-EESC_USP.

**Os artigos publicados com assinatura não manifestam a opinião de O Defensor. A publicação corresponde ao propósito de estimular o debate dos problemas nacionais e mundiais e de refletir as distintas tenências do pensamento contemporâneo.

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