Artigo: Como as mudanças e atualizações do mercado de exportação afetam as empresas?

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Por: Wagner Campos*

Um dos principais métodos para garantir a saúde de empresas de todos os portes é a internacionalização de produtos e serviços. Atrativo pela taxa cambial favorável, o comércio exterior é, ainda, uma oportunidade para as empresas brasileiras em tempos de crise.

Permite a abertura de novos mercados, consolida outros negócios e, principalmente, favorece o empoderamento das marcas nacionais, que ganham novo patamar de reconhecimento do público e dos principais players do setor. A crescente integração do Brasil nos mercados internacionais tem alavancado as trocas comerciais de forma geral e, particularmente, as exportações brasileiras.

Em concordância com esse cenário, o Governo Federal está incentivando as empresas brasileiras a exportar. Hoje, uma das principais ferramentas de estímulo é o Portal Único do Comércio Exterior, instituído em 2017 para reduzir a burocracia nas importações e exportações realizadas no país.

Já adotado por países como Chile, Cingapura, Colômbia, Estados Unidos, Indonésia, México, Reino Unido, Tailândia, União Europeia e Uruguai, o portal reformulou os processos de importação, exportação, trânsito aduaneiro e, como consequência, gerou uma significativa redução de prazos e custos, eliminando etapas de documentação e exigências.

Além disso, os processos estão mais eficientes e integrados entre todos os intervenientes públicos e privados, reduzindo de forma bem significativa as taxas do processo, o que reflete em uma melhor competitividade dos produtos brasileiros no exterior. Com a mudança, as empresas contam com mais agilidade em todos os trâmites legais. A simplificação do novo portal facilita também as transações internacionais e deve alcançar a marca de 5 milhões de operações anuais de exportação, de acordo com o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços.

A representatividade de redução de prazos com o Portal Único é de, aproximadamente, 40%. Essa simplificação coloca o Brasil na equiparação média dos países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Com o programa do Governo Federal, todas as licenças ou autorizações diretamente incidentes sobre operações de comércio exterior deverão ser demandadas dos operadores de acordo com o sistema integrado. Toda a legislação poderá ser acessada mediante o portal Siscomex.

A preparação das empresas para atuar nesse novo contexto requer maior capacitação e especialização em operações que são fundamentais para o processo de exportação e, principalmente, para o domínio técnico das rotinas e dos procedimentos. No entanto, as companhias ainda enfrentam alguns entraves, como o desconhecimento de parceiros, fornecedores ou clientes nos países nos quais operam e, principalmente, falta de mão de obra qualificada.

A necessidade e, ao mesmo tempo, a oportunidade que o mercado internacional oferece ao profissional que busca uma carreira nos setores de exportação cresceram consideravelmente nos últimos anos e só tendem a aumentar.

Mesmo com a alta cotação do dólar, as organizações continuam importando e exportando, o que faz profissionais de comércio exterior terem um amplo campo de atuação em indústrias, comércio, instituições financeiras e empresas privadas ou públicas.

A procura por habilitações técnicas pode ser um diferencial competitivo para o profissional que deseje atuar na área. Ao reconhecer e dominar todas as rotinas e os procedimentos da exportação, ele terá uma vantagem diante desse mercado que está sempre se atualizando.

*Wagner Campos é docente da área de comércio exterior do Senac Jaboticabal.

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