Taquaritinga perde Zé Ditão, seu mais ilustre sociólogo

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Professor universitário aposentado, José Benedito dos Santos Camargo faleceu na última sexta-feira; Missa de 7º dia será celebrada na Igreja Matriz nesta quinta-feira (21/06), às 19h.

A Talavasso ainda nem existia quando Zé Ditão arriscava seus passes no campinho de terra que ficava atrás de onde hoje está localizada a Praça do Navio. Ao lado de parceiros como José Domingos Costa, o “Costinha”, Orsidnei Aparecido Orrico, José Roberto Bedran, Norberto Bonazzi, José Carlos Terezan, Flávio Henrique Lemos, Luís do Carmo Bedran, Flávio Nunes da Silva, José do Carmo Marino de Barros e Darcy Kenichi Higobassi, ele fazia parte do Botafogo, time que era de várzea porém, levado a série pelos boleiros da Taquaritinga da década de 60.

A paixão pelo futebol fora transmitida por seu pai, Benedito Ananias de Camargo, que em 1942 fez parte do grupo dos sócios fundadores do Clube Atlético Taquaritinga, mesmo ano, aliás, que nasceu Zé Ditão, ou melhor, José Benedito dos Santos Camargo, seu primeiro filho com a esposa Maria Luzia.

Por volta dos 20 anos, Zé Ditão trocou a paixão pelos gramados pela vida acadêmica. Se mudou para São Paulo e foi estudar na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo, instituição pioneira no ensino e na prática de ciências sociais.

Anos mais tarde, já de posse do diploma que o tornou sociólogo, regressou ao interior, onde iniciou as atividades no magistério em nível superior em cidades como São José do Rio Pardo, São Carlos, Ribeirão Preto e Franca.

Mas Taquaritinga não ficava fora de sua rota, tanto é que Zé Ditão foi membro pioneiro do Batata Doce – o “Batatão” – e, inclusive, foi chefe de bateria do bloco carnavalesco em seus primeiros anos.

Também foi fundador da Rubarmônica Paulucci Lapenta, criada em homenagem aos ilustres Hermínio Paulucci e Mario Rosário Lapenta. Com todos integrantes vestidos de fraque e munidos de instrumentos como sax, tuba e violino – comuns em uma verdadeira filarmônica, o grupo se reunia para fazer barulho, literalmente, quando desfilava nas festas da cidade.

 

Em 1971, com o ingresso do irmão na universidade, se mudou com a família para Ribeirão Preto, cidade onde acabou permanecendo após se casar com Maria Tereza e se tornar pai de Maria Beatriz e Maria Estela. Nessa mesma época, ele foi efetivado como professor da UNESP de Franca e, por mais de 20 anos, ministrou aulas nos cursos de História, Serviço Social e Direito.

E, mesmo aposentado, seguiu dando aulas em instituições particulares em Jaboticabal e Ribeirão Preto até o final dos anos 2000. Desde então, curtia a aposentadoria se dedicando à família, às brincadeiras com os netos Giovana, de 9 anos, e o pequeno Tomás, de um ano, e às constantes idas à cafeteria do bairro onde encontrava os amigos.

Faleceu às 6h15 da última sexta-feira (15/06), na cidade de São Paulo, onde tratava complicações causadas por um câncer de pâncreas descoberto há pouco mais de duas semanas.

 Missa de 7º Dia

Os familiares convidam parentes e amigos de Zé Ditão a se reunirem nesta quinta-feira (21/06) para a Missa de 7º Dia que será celebrada, às 19h, na Igreja Matriz de São Sebastião (Praça Aimone Salerno, 126 – Centro de Taquaritinga).

 

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