Nossa palavra: Taquaritinga – 150 anos de Fundação!

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Taquaritinga comemora, entre tapas e beijos, nesta sexta-feira (8), seus 150 anos de fundação. Nesse período, o Município viveu altos e baixos, alcançando seu ápice na década de 60, quando aflorou o apogeu do tomate, com as indústrias Etti, Colombo e Peixe se misturando às indústrias de móveis, onde os Dellapina, Sapienza e Campiotti, eram líderes na grande região. Eram tempos de fartura e destaque.

Nessa época, nossos historiadores José Romanelli, Arnaldo Ruy Pastore e Milve Peria lutavam para que Taquaritinga comemorasse o seu aniversário no dia de seu nascimento (8 de junho) e não de sua emancipação político-administrativo (16 de agosto).  Politicamente incorreto e na contramão da história (todas as cidades do mundo celebram o dia em que se nasceu), o Município não arredou pé e preferiu ficar como 16 de agosto.

Algumas vezes por absoluta falta de competência administrativa, outras pelas malfadadas picuinhas políticas (enquanto outros municípios encerravam as disputas partidárias logo depois das eleições, Taquaritinga teimava em prossegui-las no decorrer do ano) a Cidade parou no tempo enquanto a região crescia a olhos vistos. Não que fosse do gosto de cada prefeito permanecer no atraso, no marasmo, mas as prioridades de alguns encalharam na burocracia e nos entraves partidários (por causa do empreguismo barato).

Sem nunca optar pela sua vocação verdadeira, colocando as vaidades pessoais acima dos interesses do Município, Taquaritinga foi ficando na rabeira da história, a ponto de perder pontos incríveis no ranking do desenvolvimento. Economicamente pobre, Taquaritinga não tem estrutura suficiente para sustentar a Cidade em pé.

Somos um gigante com pés de barro. Apesar de o prefeito atual ter buscado de todas as formas verbas e recursos para completar os minguados centavos dos cofres públicos, ainda as burras municipais estão literalmente vazias. Planejamento e criatividade acabam se trombando nos corredores do Paço Municipal e nesse resultado nem sempre a população ganha jogo. Inertes, moradores costumam reclamar muito nas redes sociais, mas pouco agem diante de um protesto ou reclamação.

Assim hoje, ao celebrar 150 anos de fundação, é preciso uma reflexão sobre Taquaritinga. Vamos ser um centro universitário ou a capital da goiaba? Não podemos ficar ao deus-dará sob pena de atolar no pântano do atraso e para trás nessa corrida progressista. Enquanto esperamos uma sede administrativa perfeita para a Cidade (a promessa é de que será no prédio da antiga Stéfani, adquirido por polpuda quantia de reais).

Esperamos o Calçadão , enquanto pagamos uma fortuna de precatórios a antiga Colombo. A não ser o precatório (que é sentença judicial), o resto nenhum é prioridade. Podemos viver sem o Calçadão, mas não podemos viver sem a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24H “Wilson Rodrigues” que, apesar dos vereadores terem feito o “           carnaval” que fizeram, ainda continua sem aparelho de Raio-X e os pacientes acidentados têm que ir para a Santa Casa.

Falando em precatório, o prédio da antiga Stéfani (que está servindo como depósito da Prefeitura) se continuar como está, vai ser carga pesada nos ombros do atual chefe do Executivo. Até porque se cada prefeito resolver mudar o paço municipal a seu bel prazer, não haverá dinheiro para tanto. E como disse o próprio prefeito Vanderlei a Municipalidade não “tem fábrica de dinheiro”.

Enfim, prezados leitores, como estamos em festa neste 8 de junho, roguemos que Taquaritinga retome a estrada do desenvolvimento e que nós, munícipes, sejamos protagonistas desta mudança para melhor, rumo ao futuro e do progresso que há de vir.

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