Ministro da Agricultura afirma que Carne Fraca foi superada

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Declaração ocorreu durante cerimônia de lançamento do Plano Agro +Integridade

O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, afirmou que a Operação Carne Fraca, deflagrada pela Polícia Federal em março deste ano e que prejudicou fortemente as exportações brasileiras de carnes, com o fechamento momentâneo de vários mercados, foi positiva, pois foi superada. A afirmação aconteceu durante cerimônia de lançamento do Plano Agro+ Integridade, no Palácio do Planalto. Segundo o ministério, um dos objetivos é mitigar os prejuízos à imagem dos produtos brasileiros no exterior causados pelo escândalo da JBS e da Operação Carne Fraca.

A ideia é abrir as inscrições para a premiação ainda em janeiro de 2018 e outorgar os primeiros selos em outubro, perto das eleições. “É um esforço conjunto do setor agrícola pela integridade. O selo vai ser um diferencial tanto para o mercado interno quanto internacional e muito em breve será uma exigência do mercado”, disse o secretário executivo do Ministério da Agricultura, Eumar Novacki.

O evento de terça-feira (12), contou com a presença do presidente Michel Temer, marcou o lançamento do Selo Agro Mais Integridade, que funcionará como um “prêmio” para empresas e entidades do setor que adotarem práticas de governança e gestão capazes de evitar desvios de conduta.

Segundo o ministro, a Operação Carne Fraca foi um ponto de partida para projetos de governança. “O compliance que estamos apresentando aqui é uma das lições que tiramos desse processo”, disse.

Blairo Maggi disse ainda que o Ministério da Agricultura conseguiu sanar uma das principais reclamações de importadores, que identificaram problemas no sistema de fiscalização e gestão e afirmou que agora não há mais interferência política na gestão da Pasta.

Ele afirmou que não há mais indicação política nas superintendências responsáveis por monitorar a produção agrícola nacional. E disse que agora os técnicos têm preponderância nas discussões internas, mas que há a possibilidade de recursos para as empresas, para que elas não se sintam “reféns” de técnicos da esfera federal nesse processo.

Ainda em seu discurso, o ministro citou a queda da inflação e afirmou que “culparam” o agronegócio pela redução dos preços. “Essa é uma culpa muito gostosa”, disse.

Maggi comentou também que apenas 9% do território nacional é ocupado pela agricultura e, em comparação, disse que 13% são terras indígenas. “Só para mostrar que o Brasil cuida dos seus indígenas e o pouco (de área que é) usado para agricultura”, afirmou.

Ele disse que, em toneladas, a produção que precisa ser escoada pelo País é superior à de minério, alcançando 1,6 bilhão de toneladas.

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