Quadrilha suspeita de falsificar cosméticos importados faturou R$ 6 milhões, diz MP

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Sete pessoas foram presas, mas investigação aponta que 25 participavam do esquema em todo o país e até no Paraguai

 

Foto: Reprodução EPTV

O Ministério Público estima que a quadrilha presa por suspeita de falsificar cosméticos para cabelos de três marcas estrangeiras faturou ao menos R$ 6 milhões nos últimos quatro anos. Ainda segundo a investigação, o grupo possui revendas dos produtos pirateados em todo o país e até no Paraguai.

Sete pessoas foram presas nesta quarta-feira (5), entre elas um médico, apontado como o financiador do esquema ilícito. Os mandados foram cumpridos em Franca, Sertãozinho, Leme, Bariri e na capital paulista. Cinco mandados de condução coercitiva e 20 de busca e apreensão também foram cumpridos.

O esquema começou a ser investigado há oito meses, a partir de denúncias feitas à polícia e ao Ministério Público por representantes das empresas prejudicadas, por consumidores e pelos próprios integrantes da quadrilha.

O delegado Leopoldo Novaes disse que um membro da organização criminosa, que já havia sido alvo de investigações anteriores, procurou a polícia alegando que estava sendo ameaçado e extorquido pelo ex-sócio.

Ao todo, 25 pessoas são suspeitas de envolvimento no crime. Com o auxílio de interceptações telefônicas autorizadas pela Justiça, a polícia e o Gaeco conseguiram mapear a quadrilha, que funcionava como uma empresa.

Segundo o promotor Paulo Guilherme Caroles, cada integrante trabalhava em um setor da organização, que envolvia a identificação das fórmulas, fabricação de embalagens similares às dos produtos originais, produção de rótulos, venda e entrega dos cosméticos falsificados.

Ainda de acordo com Caroles, a ação da quadrilha contou com a participação de um cardiologista, apontado como o financiador da operação. O médico foi preso nesta quarta-feira e já havia sido alvo da polícia anteriormente por suspeita de envolvimento na fraude.

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