Na Tribuna Livre da Câmara aposentado diz que dívida da Prefeitura com o IPREMT hoje supera R$ 200 milhões

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A presidente do Sindicato do Servidor Público também falou ao público presente sobre o dissídio da categoria, gratificação e cartão-alimentação

Um tema polêmica tomou conta da tribuna livre na segunda sessão ordinária do ano: as perdas salariais do funcionalismo público. O primeiro a falar foi o servidor público municipal aposentado Edmilson José Romano, que discorreu sobre a evolução da folha de pagamento.

Exibindo gráficos e tabelas, com o movimento financeiro do município nos últimos anos, Edmilson garantiu que a categoria tem sido prejudicada por reajustes muito aquém das possibilidades financeiras da Prefeitura, diante das arrecadações verificadas. “O servidor não pode pagar o pato”, disse ele.

Para Edmilson, os aposentados foram os mais atingidos pela política salarial da Prefeitura desde 2006, uma vez que os benefícios concedidos aos servidores da ativa muitas vezes não alcançavam os inativos.

“Hoje a dívida da Prefeitura com o Ipremt é superior a R$ 200 milhões”, afirmou o aposentado, ressaltando que Taquaritinga está entre os 100 municípios mais endividados do Estado.

Em seguida, falaram a presidente do Sindicato dos Servidores, Maria Angélica Tiossi Boher, e o vice-presidente da Federação dos Sindicatos dos Servidores e Funcionários Públicos das Câmaras de Vereadores, Fundações, Autarquias e Prefeituras Municipais do Estado de São Paulo, Araken André Prado Lunardi. Ambos destacaram a necessidade de reajuste e recomposição salarial, medidas urgentes diante do acórdão judicial que mandou eliminar as gratificações da categoria.

Maria Angélica também enfatizou o corte do cartão alimentação dos aposentados e pensionistas, o que acarretou menos R$ 310 (em valores de hoje) na renda mensal dessas pessoas. Ela cobrou da atual administração municipal a volta do benefício, segundo ela uma promessa de campanha.

A presidente da entidade informou que o objetivo era esperar o dissídio coletivo até abril, mas o corte das gratificações obrigou a mudar os planos. “Queremos o dissídio para fevereiro”, falou Maria Angélica, lembrando que a decisão judicial levou a Prefeitura a economizar R$ 360 mil por mês com a folha. O índice reivindicado é o INPC, de 6,52%, fora a reposição e o aumento no cartão alimentação.

O prefeito Vanderlei Mársico tem dito que a suspensão das gratificações provocou uma insegurança jurídica que inviabiliza uma tomada decisão imediata. Segundo ele, é preciso que haja uma posição definitiva do Tribunal de Justiça para que se tome uma rumo mais seguro, que seria em forma de aumento.

O vereador Mirão Basso propôs a formação de uma comissão para discutir o assunto com o prefeito. O colega Gilberto Junqueira acha melhor todos os integrantes da Câmara irem junto a uma reunião no gabinete, juntamente com representantes do sindicato.

“Tem servidor recebendo R$ 10 ou R$ 15 [em razão do corte]”, observou Maria Angélica. O vereador Beto Girotto, também funcionário público municipal, disse que uma saída temporária para o problema seria a concessão de um abono de R$ 300 para a categoria, mas que qualquer um pode apresentar sugestões que considerar melhor para ser levado ao prefeito.

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