19 de novembro de 2024
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Doria herdará obras polêmicas e sob investigação

Embora as contas do Estado de São Paulo estejam em dia, o governador eleito, João Doria (PSDB), herdará da atual gestão, uma série de problemas de difícil solução, como por exemplo, obras paradas pelo abandono de seus parceiros, contratos com suspeitas de superfaturamento, crise financeira nas faculdades estaduais, déficit do policiais e problemas de saúde na rede pública.

Um dos casos sobre os quais Doria terá de se debruçar é o da construção da Linha 6-Laranja do metrô, que foi paralisada há mais de dois anos pelo consórcio parceiro na obra, formado pelas empreiteiras Odebrecht, Queiroz Galvão e UTC. O contrato está em fase de rescisão por caducidade e o tucano terá de decidir se tentará fazer uma nova Parceria Público-Privada (PPP) ou construir a linha, que ainda está no início, com recursos próprios.

Já no setor rodoviário, João Doria terá de enfrentar um problema ainda mais delicado. Com cerca de três anos de atraso, a construção do trecho norte do Rodoanel está parcialmente paralisada por suspeita de superfaturamento em torno de R$ 625 milhões nos aditivos que foram assinados pela Dersa com as empreiteiras da obra, entre as quais a OAS, no governo Alckmin.

Carro-chefe da campanha tucana ao governo, a segurança pública também impõe um duro desafio à nova gestão. O maior problema é a recomposição dos quadros da polícia, em especial a Polícia Civil, que tem uma defasagem no momento de 12,9 mil agentes. A maior parte dos cargos vagos, cerca de três mil, é de investigadores. Durante a disputa eleitoral, o tucano prometeu contratar oito mil policiais civis e 13 mil militares, além de investir em inteligência policial.