Artigo: A crise no Sudão
Por: Luís Bassoli*
Neste sábado (22/4), começou a evacuação dos estrangeiros do território do Sudão, o que é sinal de que uma guerra civil está prestes a se intensificar nos próximos dias.
A república autoritária, atualmente é governada por uma junta militar, que derrubou o ditador Omar al-Bashir em 2019.
O Sudão é o terceiro maior país da África (após a Argélia e a República Democrática do Congo), com uma população de quase 50 milhões de habitantes, sendo que mais de 50% vive abaixo da linha de pobreza.
Dono de grandes reservas de petróleo, gás natural, ouro, prata e outros minerais, a agricultura continua sendo o setor econômico predominante, que emprega 80% da força de trabalho e contribui com 40% do PIB.
Alvo de sanções dos EUA desde os anos 1990, por causa dos conflitos étnicos e religiosos (é predominante islâmico), as petrolíferas que atuam no país são da França, Kuwait, Índia, Malásia e, sobretudo, da China, que controla a estatal sudanesa Sudapet.
A crise será um teste para vermos como a China vai atuar, já que é a potência hegemônica da região.
(Com Agência Brasil, RTP, Wikipedia, Brasil de Fato e agências)
* Luís Bassoli é advogado e ex-presidente da Câmara Municipal de Taquaritinga (SP).
**Os artigos publicados com assinatura não manifestam a opinião de O Defensor. A publicação corresponde ao propósito de estimular o debate dos problemas municipais, estaduais, nacionais e mundiais e de refletir as distintas tendências do pensamento contemporâneo.