Crea-SP aponta para colapso do sistema logístico estadual
A mobilidade urbana, um dos maiores desafios das cidades, é o que permite a circulação de pessoas, mercadorias e cargas, refletindo no desenvolvimento socioeconômico. Com mais de 46 milhões de habitantes, São Paulo é o estado mais populoso do País e a terceira economia da América Latina, com uma riqueza produzida na ordem de mais de R$ 2 trilhões, que corresponde a mais de 30% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional. Para atender este contingente, conta com a maior infraestrutura de transportes e logística do Brasil. No entanto, relatório produzido pelo Crea-SP alerta o governo do Estado para o iminente colapso do sistema logístico estadual.
O documento foi entregue ao governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), na segunda-feira (6/2), pelo presidente do Conselho, Eng. Vinicius Marchese, que destacou os macrogargalos, pontos críticos e soluções alternativas para resolver as principais questões de transportes de carga e de pessoas do Estado. “São Paulo tem o melhor sistema rodoviário do Brasil, mas a sobrecarga existente hoje vai levar ao colapso se nada for feito. O que entregamos ao governo é um estudo técnico que apresenta soluções possíveis de serem aplicadas para evitar isso”, pontua Marchese. Uma cópia do estudo já havia sido entregue também anteriormente ao secretário de Governo, Eng. Gilberto Kassab.
Atualmente, em São Paulo, pouco mais de 2.500 quilômetros de ferrovias são operacionais. O restante da malha, em torno de 2.600 km, está sem utilização e sem manutenção. Enquanto são movimentados no Estado cerca de 1,2 bilhão de toneladas de carga anualmente, a ferrovia paulista movimentou algo como 45 milhões de toneladas. Já as rodovias são responsáveis por transportar mais de 80% do fluxo de cargas e quase 100% dos passageiros. Essa realidade impõe severos danos à competitividade logística com negativas repercussões para o sistema produtivo e o meio ambiente. Para solucionar esse desafio, será preciso efetivar um sistema intermodal, baseado na integração rodoferroviária. A previsão é que, com a ampliação significativa da oferta não-rodoviária de transporte de carga geral e de passageiros, será possível capturar demandas e mantê-las atendidas até 2040 a custos competitivos.
O presidente do Crea-SP está à disposição da imprensa para entrevistas sobre o relatório. Para conferir o documento na íntegra, acesse este link.
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