Clikando – Um passo a direita?
Por: Gabriel Bagliotti*
Um passo a direita?
No último domingo, 2 de outubro, após a abertura das urnas, fomos surpreendidos pela ampla margem de votos obtidos pelo candidato bolsonarista (e carioca), Tarcísio Gomes de Freitas ao Governo do Estado de São Paulo.
No município, Gomes de Freitas, do Partido Republicanos somou 11.857 votos, um total de 45,74% da preferência dos eleitores. Na sequência vieram Fernando Haddad – do PT – com 7.907 votos, somando 30,50% e na rabeira Rodrigo Garcia, do PSDB, com apenas 5.706 votos (22,01%).
Pelo que se viu, Taquaritinga acabou sendo um reflexo do que acabou acontecendo no Estado, tendo em vista que Tarcísio acumulou 9.881.995 (42,32%), seguido por Fernando Haddad, com 8.337.139 (35,70%) e Rodrigo Garcia registrando pífios 4.296.293 (18,40%).
Desta maneira, fica a pergunta: será que Fernando Haddad terá forças para reverter os mais de 1.550.802 votos de diferença entre os dois melhores candidatos e que no próximo dia 30 estarão nas urnas novamente recebendo o voto do eleitor?
Uma certeza já temos, o Estado de São Paulo tem grandes chances de dar uma guinada à direita em seus pensamentos políticos. Essa será a primeira vez, nos últimos 30 anos que São Paulo não será comandado por nenhum membro do PSDB.
Mais do que depressa!
O atual governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, mais do que depressa desembarcou na campanha de Tarcísio Gomes de Freitas e também na disputa entre Luís Inácio Lula da Silva e Jair Bolsonaro. Garcia afirmou eu apoio incondicional na vitória de Tarcísio e Bolsonaro.
O fato vergonhoso é que horas antes de declarar seu apoio e receber Bolsonaro e o candidato ao Governo Paulista, o próprio Gomes de Freitas afirmou que não via sentido de o tucano estar em seu palanque.
Porém, como quem manda na campanha toda é o próprio presidente Jair Messias Bolsonaro afirmou que o apoio do tucano é “muito bem-vindo” e agradeceu a Garcia.
A rápida decisão de Garcia estremeceu os pilares do ninho tucano, tendo em vista que a declaração veio antes da posição de neutralidade por parte do partido e antes mesmo de uma possível aproximação do PT, na figura do ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin.
Na cola do carioca…
Quem também já buscou colar na onda bolsonarista em São Paulo foi o deputado Federal e atual presidente do MDB, Baleia Rossi, que em coletiva de imprensa afirmou que “no segundo turno, nosso apoio é para Tarcísio como governador de São Paulo”.
Tarcísio tem conquistado a maior parte dos apoios disponíveis para o segundo turno, além do MDB, de Baleia Rossi e também do atual prefeito da capital paulista Ricardo Nunes, o União Brasil, também declarou seu apoio ao candidato Gomes de Freitas.
Outro apoio recebido por Tarcísio foi do candidato do Novo, Vinicius Poit, derrotado na eleição do último domingo (2). Os dois foram fotografados juntos na quarta-feira (5 de outubro) e, nas redes sociais, Poit afirmou que o candidato do Republicanos se comprometeu em incorporar propostas do Novo ao plano de governo dele.
Por outro lado…
Já o candidato pelo Partido dos Trabalhadores, Fernando Haddad, também recebeu alguns apoios importantes, como é o caso dos partidos Solidariedade e PDT de Ciro Gomes. O anúncio foi feito pelo presidente nacional do PDT, Carlos Lupi. No evento, realizado no centro da capital paulista, Haddad destacou que, historicamente, a parceria dos partidos é baseada nos princípios da República e da democracia.
Já o apoio por parte do Solidariedade partiu do presidente do partido, Paulinho da Força, em evento, também, na capital paulista. Haddad agradeceu a cooperação e destacou a aliança partidária em prol de sua candidatura.
*Gabriel Bagliotti é jornalista responsável e diretor presidente de O Defensor.