Artigo: Como escrever sobre coisa alguma
Por: Rodrigo Segantini*
Semanalmente, ocupo esse espaço em O Defensor. Procuro abordar assuntos de interesse geral. Por muito tempo, falamos sobre a pandemia de covid-19, sobre ações do governo Bolsonaro e a respeito da situação do país como um todo. A cada publicação, recebo várias mensagens de pessoas criticando ou elogiando, mas, em geral, há um contato bem próximo com os leitores que acompanham meus textos.
Porém, nesta semana, sinceramente, estou sem ideias. Curti o feriado em família, tenho estado bem ocupado com meu trabalho e, sinceramente, não estive tão atento ao que acontece no mundo. Não há nada sobre o que eu possa escrever que eu ainda já não tenha escrito por aqui. Correria o risco de me tornar repetitivo e maçante – se já não o sou.
Então, por dever de ofício e pelo compromisso que tenho de escrever textos para ocupar este espaço, eis me aqui. Cansado pelo labor que tem me consumido e esgotado de ideias além daquelas para resolver os problemas que enfrento em casa e no trabalho, apresento-me ao fiel leitor completamente despido de qualquer proposta para ilustrar nossa conversa.
Claro, se fosse este um diálogo presencial, seria a oportunidade do amigo preencher o vazio da conversa propondo um assunto para tratarmos. Isso ainda é um diálogo, mas não é presencial. Meu dialogante poderá me procurar e sugerir um tema para a semana que vem, quem sabe me dizer o que acha de eu estar tão exausto a ponto de me faltarem ideias para escrever um simples artigo, talvez até se interessar em saber como tenho passado. Mas não será algo instantâneo, nem tão rápido a ponto de ser capaz de preencher essas linhas, nesta edição.
Enfim, esse é um texto bem singelo. Seu objetivo não é tratar sobre coisa alguma, apenas ocupar esse espaço. Talvez possa servir para dar alguma satisfação a quem possa interessar. Certamente, há pessoas que se interessam pelo que escrevo e ávidas procuram por esta leitura. Lamento por frustrá-las nesta semana e prometo me empenhar mais na semana que vem. Mas, por ora, isso é o que tenho para oferecer.
Agradeço pela compreensão de todos, em especial do Gabriel Bagliotti, vigoroso e diligente editor deste jornal. Muito paciente comigo, sempre me lembra tempestivamente do meu prazo para entrega dos artigos. Eu é que às vezes me esqueço, entulhado pelos meus afazeres e compromissos outros. Mas atendo sempre com carinho ao chamado de O Defensor. Gosto de escrever e gosto de ser lido. O Defensor me proporciona esse prazer e sou grato por isso.
Aguardo comentários e mensagens de todos. Espero voltarmos a nos encontrar nesta página na semana que vem, se Deus quiser com um assunto interessante sendo abordado.
*Rodrigo Segantini é advogado, professor universitário, mestre em psicologia pela Famerp.
**Os artigos publicados com assinatura não manifestam a opinião de O Defensor. A publicação corresponde ao propósito de estimular o debate dos problemas nacionais e mundiais e de refletir as distintas tenências do pensamento contemporâneo.