20 de janeiro de 2025
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Uma a cada três crianças brasileiras está com sobrepeso

Com estatísticas preocupantes, a obesidade na infância e na adolescência desencadeia doenças, afeta a vida social e causa problemas emocionais.

Distante do que já foi pregado em outros tempos, ser uma criança “gordinha” não é sinônimo de ser saudável. Muito além de uma questão estética, o quadro da obesidade pode gerar diversas disfunções na saúde física e psicológica dos pequenos.

Estatísticas apontam uma realidade preocupante: um terço das crianças brasileiras, entre 5 e 9 anos, encontra-se acima do peso ideal. O aumento de peso da população e a obesidade infantil vem se tornando um problema público de saúde a uma velocidade alarmante.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), nos últimos quarenta anos o número de crianças e adolescentes obesos entre 5 e 19 anos aumentou dez vezes, correspondendo a 124 milhões de pessoas. A estimativa é que em 2022 existirão mais crianças obesas do que abaixo do peso, em todo o mundo.

Cerca de 43 milhões de crianças estão obesas e mais de 90 milhões se encontram com sobrepeso no mundo. Por sobrepeso entende-se a criança que está um pouco acima do peso e obesidade refere-se ao grau de peso que começa a trazer problemas para a saúde.
A obesidade na infância e adolescência é um assunto extremamente importante, pois acomete pessoas que estão em um processo de formação de personalidade e desenvolvimento físico, que afetam a vida social e desencadeiam problemas emocionais.
Fatores genéticos e hereditários podem contribuir, porém, a maior preocupação é com os alimentos que compõem as refeições. Os estímulos socioculturais e comportamentais da sociedade atual impulsionam um aumento do consumo de alimentos industrializados (fast-food), comidas ricas em gordura e pobres em nutrientes. Como aliado, aparece o sedentarismo, reflexo do avanço tecnológico e da significativa presença dos aparelhos eletrônicos. As atividades físicas foram diminuídas ou mesmo deixadas de lado.

Além do bullying, a obesidade pode desencadear doenças como hipertensão arterial, dislipidemia (aumento do colesterol e triglicérides), diabetes, apneia, depressão, asma brônquica e problemas osteoarticulares, cardiovasculares, ortopédicos e hepáticos.

É necessário que haja a prevenção deste problema infanto-juvenil, através da influência da família e de bons hábitos físicos e alimentares.