Clikando – Desafios e perspectivas

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Por: Gabriel Bagliotti*

Desafios e perspectivas

Após cinco dias intensos de folia, é hora de os profissionais culturais do município se unirem à comunidade, à Liga Taquaritinguense de Carnaval (LTC) e às associações responsáveis pelas Jardineiras para repensarem o futuro do Carnaval local. A necessidade de profissionalização do evento é clara, considerando que a cidade não pode arcar anualmente com todos os custos da festa. A ameaça do prefeito em não realizar o tradicional Batatão para economizar gerou uma onda de preocupação na cidade.

Quem deve pagar a conta?

A cidade, reconhecidamente de recursos limitados, enfrenta o dilema de custear integralmente o Carnaval. A discussão sobre a necessidade de buscar alternativas de financiamento e parcerias torna-se crucial. É imperativo que o evento não se torne um fardo exclusivo para os cofres municipais. O apoio da comunidade e parcerias externas podem ser chaves para a sustentabilidade financeira do Carnaval.

Tradicional trio elétrico batatão

Há mais de quatro décadas, o Trio Elétrico Batatão tem sido o epicentro das festividades, enchendo as noites de Carnaval com alegria e animação. Sob o comando do DJ Cláudio Nunes, o trio é um ícone, mas a discussão sobre trazê-lo de volta ao seu local original, em frente ao Banco Itaú, ganha relevância. A necessidade de manter a tradição, mas também explorar novas atrações para revitalizar o evento, é um ponto de reflexão.

O trabalho incansável por trás do sucesso

Um merecido elogio aos organizadores das Jardineiras, que arrastam multidões da Bar do Tadao até a Praça Dr. Waldemar D’Ambrósio. O aumento do público trouxe desafios adicionais, incluindo a necessidade de equipes de segurança para coordenar o desfile desses “gigantes”. O reconhecimento do trabalho árduo por trás do espetáculo é fundamental para a continuidade do sucesso das Jardineiras.

Rumo a uma competição de alto nível

A atenção ao desfile de blocos e escolas de samba é um chamado para uma análise profunda. Apesar do esforço da Liga Taquaritinguense de Carnaval (LTC), é hora de repensar o formato e os dias do desfile. A sugestão de uma competição, seguindo os moldes de cidades vizinhas e até mesmo dos grandes desfiles do Rio de Janeiro e São Paulo, revela um desejo por uma evolução no Carnaval local. O potencial está presente, e a busca por algo superior é não apenas válida, mas também necessária.

Pensando no futuro

O Carnaval de Taquaritinga está diante de um ponto de reflexão, exigindo uma abordagem inovadora para garantir a sua continuidade e crescimento. A colaboração entre as autoridades, a comunidade e os organizadores são essenciais para moldar um futuro mais brilhante para esta nossa tradição festiva.

*Gabriel Bagliotti é jornalista responsável e diretor presidente de O Defensor.

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