Artigo: Os absurdos zunidos

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Por: Prof. Sergio A. Sant’Anna*

Os absurdos zunidos dos últimos quatro anos possibilitam-nos argumentos para a construção de um artigo de opinião costumeiro, repetitivo, todavia necessário. Estes despautérios levar-nos-ão ao caos. Desnecessário. Pois, se a Lei fosse cumprida, este que nos governa estaria atrás das grades. É assim que seguimos, inúmeros concordando com o discurso de ódio coaxado pelo presidente da República, outros preferem a neutralidade, não querem se indispor com amigos, parentes ou ser mandado embora de seu emprego, todavia àqueles que não almejam continuar governados pelo ódio, por uma política econômica desequilibrada, favorável àqueles que mais têm, e o favorecimento da família do chefe do Executivo não se calarão diante dessas atrocidades, desses retrocessos.

De acordo com as pesquisas eleitorais, Jair Bolsonaro, atual presidente da República, que era contrário à reeleição, será derrotado. Primeira vez, depois da implantação da reeleição, que um presidente da República do Brasil não consegue se reeleger. Normal para qualquer candidato democrata, contudo este que nos governa flerta com o golpe, atiça seus seguidores a atacarem o sistema eleitoral brasileiro, alavanca a ala militar a navegar diante de um iminente golpe. A reunião em que o atual chefe do Executivo teve com embaixadores demonstrou toda sua potência destinada ao questionamento do sistema eleitoral brasileiro; este que levou o atual mandatário da Nação ao cargo mais alto brasileiro e, também, reeleito por 28 anos deputado federal. Para Bolsonaro o sistema eleitoral brasileiro já apresentava problemas, mas este não optou por denúncias (é óbvio), pois sempre lucrara.

Durante sua vida pública o atual presidente da República exalta-se por ter “comido gente” (sic) em seus apartamentos em Brasília, confusões ao apoiar o torturador Brilhante Ustra, e outros casos que demonstram seu preconceito, misoginia, desamor e um conhecimento pífio sobre gestão pública. Bolsonaro não governou, ludibriou seu cercadinho através de falácias e a expansão de mentiras, enquanto atingíamos a inflação com dois dígitos, o Brasil retornando aos números alarmantes de famintos, e uma taxa de quase 14 milhões de desempregados. Além de todo esse mal, o ocupante do Palácio foi o principal articulador para a demora na chegada das vacinas ao Brasil. Jair Messias acredita que a covid-19 é uma gripezinha e por isso não foi encarada como um problema de saúde pública pelo autoritário governante. Foram mais de 650 mil vidas perdidas por ausência de fundamentos na teoria presidencial antivacina.

De fato, depois de quase 34 anos da promulgação da Constituição Nacional de 1988, o País não passava por uma forte crise governamental que abalasse as estruturas de nossa democracia. Apesar da revolta da maior parte da população brasileira com as inverdades e atitudes difundidas pelo atual presidente da República, mais de 35% não discorda dos seus posicionamentos e acreditam no Messias. Bolsonaro aproveita-se desse apoio e de parte de integrantes das Forças Armadas para ensaiar o futuro golpe, pois seus zunidos não serão capazes de se comunicarem com os reais brasileiros. A manada está em curso…

*Prof. Sergio A. Sant’Anna – Professor de Redação nas Redes Adventista e COC em SC e jornalista.

**Os artigos publicados com assinatura não manifestam a opinião de O Defensor. A publicação corresponde ao propósito de estimular o debate dos problemas municipais, estaduais, nacionais e mundiais e de refletir as distintas tendências do pensamento contemporâneo.

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