Clikando – A preservação incomoda

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Por: Gabriel Bagliotti*

Recentemente, tive a oportunidade de conhecer de perto o trabalho que o Engenheiro Agrônomo, Fernando Rodrigues Santos, vem desenvolvendo no Jardim Laranjeiras, mais precisamente no final da Rua Jayner de Paula Ferreira, a formação de uma AgroFloresta, denominada de AgroFloresta “Ipê Verde” em nosso Município.

A área verde está sendo plantada com a participação popular, não de alguns vizinhos do local, mas também de pessoas que entendem o real motivo da formação desta área, pessoas essas que realmente tem visão de futuro, visão pela qual se não preservarmos a nossa natureza e de certa forma restaurar certa parte do que a civilização já destruiu.

Todo o trabalho realizado no local é coordenado pelo idealizador do projeto, o Engenheiro Agrônomo, Fernando Rodrigues Santos, pessoa maravilhosa, que logo que você conhece, pode perceber o brilho no seu olhar ao admirar todos os passos que o projeto já deu.

Porém, nem tudo são flores, e isso Fernando sabe muito bem. Nesta semana, uma nota publicada nas redes sociais do irmão de Fernando, Chico Rodrigues, trouxe a triste informação que os idealizadores da AgroFloresta “Ipê Verde” não pretendem continuar com o projeto no município de Taquaritinga, além de agradecer o apoio de todos, em especial grande parte da sociedade, amigos e organizações não governamentais.

A informação fica mais lamentável, quando Chico, como é popularmente conhecido, descreve uma reunião na prefeitura municipal, situação em que o os idealizadores foram de certa forma constrangidos pelas autoridades. Sendo inclusive orientados “plantar alface em outro lugar”.

Aqui quero fazer um apelo em especial ao vice-prefeito, Luís Fernando Coelho da Rocha, pessoa equilibrada, com bom-senso e que já conviveu durante muitos anos com projetos deste tipo. Luís Fernando, interceda junto ao chefe do Executivo para que o mesmo não se deixe levar por fofocas, burburinhos e mexericos dos famosos puxas-saco que vivem ao redor da Administração. Outro ponto interessante seria a colocação de certos limites a subordinados, que por questões pessoais, estão atrapalhando o sucesso deste maravilhoso projeto.

Por se tratar de uma área pública, a ação não pode acontecer sem o apoio da administração municipal, preservando o nosso meio ambiente. Vale lembrar, que até março de 2024 o local segue sendo cuidado e protegido pelos apoiadores da AgroFloresta “Ipê Verde”, entretanto, assim que este prazo se findar, o mesmo será entregue novamente à municipalidade.

Outro ponto que deveria ser colocado em pauta é que abrir a janela de sua casa e ver um bosque, ou sair na porta de sua casa e se deparar com uma área verde bem cuidada compondo a paisagem é um privilégio e, ao mesmo tempo, um presente para quem vive em uma região tão seca quanto a nossa.

A proporção de prazer e saúde são fatores de destaque neste contexto, porém áreas arborizadas e bem planejadas como é o caso da AgroFloresta “Ipê Verde”, trazem muitos outros benefícios já identificados pelo mercado imobiliário, especialmente a valorização do imóvel.Um rápido diagnóstico permite identificar áreas verdes como característica comum de boa parte dos condomínios residenciais.

Não há como negar que a arborização e o paisagismo agregam valor e atraem cada vez mais clientes. Uma área verde traz vantagens não só para os moradores, mas para todos que vivem nos arredores, como a melhoria das condições do ar, regulação da temperatura, o bloqueio dos raios solares ultravioleta e saltos na qualidade de vida de forma geral.

Respirar é viver, nunca essa expressão foi tão verdadeira como nos dias de hoje, não podemos deixar jamais que um projeto deste seja encerrado em nossa Cidade.

*Gabriel Bagliotti é jornalista responsável e diretor presidente de O Defensor

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