Alopecia: Conheça sobre a condição que afeta a atriz e esposa de Will Smith, Jada Pinkett

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No último domingo (27), a cerimônia do Oscar, em Los Angeles (EUA), rendeu bem mais que a premiação, com a polêmica do ator Will Smith dando um tapa no rosto do comediante Chris Rock. Tudo aconteceu após o comediante fazer uma piada sobre cabeça raspada de Jada Pinkett Smith, apresentadora, atriz, cantora e esposa do ator. O que acontece é que na verdade, a artista sofre de alopecia, uma condição autoimune associada à queda de cabelos ou pelos do corpo.

BEVERLY HILLS, CALIFORNIA – MARCH 27: Will Smith and Jada Pinkett Smith attend the 2022 Vanity Fair Oscar Party hosted by Radhika Jones at Wallis Annenberg Center for the Performing Arts on March 27, 2022 in Beverly Hills, California. (Photo by Lionel Hahn/Getty Images)

A alopecia é um dos problemas mais relacionados à perda de cabelo ou pelo entre homens e mulheres em qualquer parte do corpo. Ela pode ser causada por influências genéticas, processos inflamatórios locais ou doenças sistêmicas. A doença pode atingir aproximadamente 2% da população mundial em diferentes níveis — pode afetar desde pequenas áreas do couro cabeludo ou da barba, por meio de lesões circulares, ou até causar a completa ausência dos fios em todo o corpo.

Entre as mais comuns entre o público feminino, está a alopecia androgenética feminina. Embora ela atinja um público maior, existem outros tipos de alopecias femininas que podem acometer o nosso couro cabeludo. Entender os diferentes tipos é fundamental para entender o real problema.

Conhecida como Alopecia Areata, é uma doença inflamatória que inativa os folículos capilares e provoca queda de cabelo. A perda dos fios acontece em uma ou mais regiões específicas do couro cabeludo. Esse tipo de alopecia feminina está frequentemente associado a fatores emocionais, como traumas físicos, estresse e quadros infecciosos (alérgicos.

Já a Alopecia Difusa é associada a escassez e queda de cabelo acelerada. Ela acontece quando os folículos capilares passam por um período chamado eflúvio telógeno, no qual os fios pulam os estágios de crescimento capilar e vão direto para a fase de queda, podendo provocar a queda de 400 a 500 fios diariamente. Mas não resulta em calvície total, já que o cabelo continua crescendo, ainda que em um ritmo mais lento.

Assim como a Alopecia Androgenética Feminina, a Alopecia Frontal Fibrosante pode ser associada a condições genéticas, hormonais e ambientais. Esse tipo de queda de cabelo é mais comum entre mulheres na pós-menopausa e consiste em um processo inflamatório que destrói os folículos capilares, impedindo o nascimento de novos fios. Sua principal característica é a regressão contínua da linha do couro cabeludo na região da testa.

Por fim, a Alopecia Senil é relacionada ao avanço da idade e costuma surgir após os 50 anos, quando os fios afinam gradativamente e deixam o cabelo mais ralo. Muitas vezes é causada por questões hormonais, mas também pode se apresentar de forma natural, provocada pelo envelhecimento.

A questão estética é um diferencial para o público feminino. Para algumas mulheres a alopecia se torna um sofrimento, pois influencia diretamente e de modo negativo a estética, afetando assim a sua qualidade de vida ao meio social.

Além disso, a fonte de zinco também é importantíssima quando se fala de pele e também do couro cabeludo.  A condição pode resultar em escamação do couro cabeludo, supercílios e uma alopecia difusa, outro sintoma da deficiência de zinco são os cabelos secos e ingovernáveis, mas estes sintomas são facilmente revertidos, com tratamentos paliativos como a aplicação tópica do óleo de açafrão e outros.

Os cuidados com os sintomas da doença são necessários em qualquer idade, gênero e local. Com a queda de cabelo frequente, de até 100 fios de cabelos por dia, é bom procurar um especialista para acompanhamento. A doença não tem muitos sintomas, por isso é importante ficar atento para a queda constante e ter um tratamento eficaz.

A calvície feminina não tem cura, mas tem tratamento. Atualmente, existem diversas formas de tratar a doença, que vão desde medicamentos tradicionais até procedimentos inovadores, realizados para retardar a queda de cabelo. Para saber qual o método mais adequado para usar é importante procurar um profissional adequado.

Vanessa Rosa, professora de enfermagem da Estácio.

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