Anestesia geral: tecnologia afugenta temores e mitos

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Profissionais qualificados, monitores modernos e anestésicos eficientes dão muita segurança a pacientes de qualquer idade.

Por: Gabriel Redondano*

A anestesia geral é um procedimento que provoca receio em muitos pacientes. Alguns chegam, nos casos em que isso é possível, a desistir ou adiar uma cirurgia apenas pelo pavor de que alguma coisa dê errado justamente durante a anestesia. O Dr. Gabriel Redondano, diretor-presidente do GCA (Grupo Care Anestesia), explica que o procedimento é muito seguro e que esse temor popular é provocado por crenças, como por exemplo, a de que o paciente corre o risco de “não acordar mais”.

“Não há contraindicações a essa técnica. O medo vem do desconhecimento e da ausência da consulta pré-anestésica, na qual o anestesista explica ao paciente detalhes da técnica e responde a todas suas dúvidas. Com os monitores e anestésicos disponíveis atualmente, temos as situações previsíveis e mais controladas”, explica o Dr. Redondano, que também é coordenador do Departamento de Anestesia do Vera Cruz Hospital, em Campinas (SP).

Pessoas de qualquer idade podem se submeter ao procedimento, como explica o especialista: “A anestesia geral é indicada para todas as faixas etárias, desde o intraútero e recém-nascidos até pacientes centenários”.

Nas últimas décadas, a tecnologia teve grande influência para que a anestesia geral alcançasse o nível atual de eficiência. “Tivemos um amplo desenvolvimento de monitores, alguns até com inteligência artificial e a disponibilidade de anestésicos mais modernos, com mínimos efeitos colaterais. Os avanços das medicações e dos equipamentos nos permitem fazer uma anestesia individualizada, específica para cada paciente”, detalha o Dr. Gabriel Redondano.

Como funciona

Indispensável para o bem-estar e segurança em intervenções cirúrgicas mais complexas, a anestesia geral é uma combinação de anestésicos que levam o paciente a um estado de inconsciência. Esses sedativos, que podem ser injetados pela veia ou inalados, vão até o cérebro e produzem um nível de inconsciência que é totalmente reversível ao final do procedimento.

Para que tudo corra bem, uma consulta pré-anestésica é fundamental. Ela permite que o anestesista conheça os principais temores do paciente (medo, mitos ou experiências prévias), além de saber que medicamentos ele toma, se tem alguma alergia, quais doenças tem e como foram as outras anestesias e cirurgias às quais já foi submetido.

Nesta consulta, também é feito um exame físico detalhado e, com todas essas informações, o médico anestesiologista decide e explica ao paciente e à família qual a técnica mais indicada para ele, levando em conta as medicações que ele toma e a cirurgia a ser feita. Todas essas escolhas são tomadas com o consentimento de todos os envolvidos.

A consulta pré-anestésica é apenas o início de uma jornada na qual o paciente sempre terá o suporte e a atenção do anestesista. “O anestesista é o primeiro a chegar e o último a sair em uma cirurgia. Ele fica o tempo todo ao lado do paciente. Durante a operação, é ele que diagnostica e trata todas as alterações que possam ocorrer no coração, no pulmão, alergias ou sangramento, entre várias outras disfunções”, explica o Dr. Redondano.

Importância do jejum

Durante a anestesia geral, o paciente fica inconsciente e perde também o reflexo da tosse. Isso cria o risco de que o alimento do estômago vá para os pulmões. Para prevenir complicações como essa, alguns tipos de líquidos são muito seguros e podem ser tomados até duas horas antes de uma cirurgia, não apenas trazendo segurança para o paciente, como também contribuindo para uma recuperação e alta mais precoce.

De um modo geral, o paciente deve fazer oito horas de jejum para alimentos gordurosos e frituras; seis horas para refeições leves como frutas ou torradas e duas horas de jejum para até 200ml de líquidos claros e sem resíduos.

Estrutura hospitalar

O sucesso do trabalho de um médico anestesista também depende da estrutura hospitalar, que deve disponibilizar todos os recursos capazes de tornar a anestesia geral segura e o mais agradável possível. “O hospital precisa ter um rígido controle dos medicamentos, oxigênio, monitores hemodinâmicos e da profundidade anestésica, meios de manutenção da temperatura durante a cirurgia, antídotos específicos, ventiladores mecânicos, equipamentos de intubação, equipe multidisciplinar treinada, check lists de segurança e serviço de laboratório e terapia intensiva”, enumera o Dr. Redondano.

Sobre o GCA – Grupo Care Anestesia

O GCA – Grupo Care Anestesia atua em Campinas e é referência em anestesiologia. Com uma equipe de quase 30 médicos, o grupo participa de cerca de 1.300 procedimentos sob anestesia por mês. O GCA é um dos poucos times de anestesia no Brasil e no mundo com a Acreditação Diamond d QMentum International do IQG, uma certificação internacional voltada especificamente para serviços de anestesia. O objetivo é elevar os protocolos de segurança e proporcionar a melhor experiência aos pacientes, cirurgiões, gestores e hospitais.

*Gabriel Redondano é Médico-Anestesista, Diretor-Presidente do GCA – Grupo Care Anestesia e Coordenador do Departamento de Anestesia do Vera Cruz Hospital – Campinas-SP.

**Os artigos publicados com assinatura não manifestam a opinião de O Defensor. A publicação corresponde ao propósito de estimular o debate dos problemas nacionais e mundiais e de refletir as distintas tenências do pensamento contemporâneo.

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