Artigo: O poder das pessoas magnéticas

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Por: Marcela Brito*

Existe algo mágico nas pessoas que olham nos olhos, algo ainda mais instigante naquelas que escutam com interesse e vontade de dar ao outro a oportunidade de se expressar em sua verdade. E nada é mais atrativo do que alguém que sorri com os olhos em lugares com muitas pessoas. Sabe aquela sensação de estar perdido e, subitamente, vislumbrar um ponto de luz que irá guiá-lo em meio à multidão? É proeza das pessoas que atraem.

Essas são as pessoas magnéticas. Aquelas que trazem para perto de si os perdidos, os confusos, os desanimados, os que se sentem só. Você nunca se sente perdido perto de alguém assim. Muito mais do que carisma e atratividade, elas exalam claramente um poder que somente os mais observadores conseguem perceber: elas fazem você se sentir à vontade por ser quem você é.

Em um mundo que gira em torno de aparência, índices de vaidade que vertiginosamente crescem no ambiente virtual, frio (e tantas vezes cruel) da internet, encontrar um magnético é encontrar um porto seguro, um instrumento para você se reconectar com a sua essência. Os magnéticos doam luz, energia e calor aos que padecem na escuridão e sombra de um mundo que premia aqueles que buscam atalhos para fugir de si mesmos.

Quando uma pessoa se reconecta consigo mesma, ela presenteia o universo. É como se nesse bailar de consciência e clareza, ela não suportasse mais viver na superfície. Viver na luz é uma experiência profunda, ela ofusca quem por muito tempo viveu na obscuridade. Os magnéticos são especialistas em compartilhar um dos segredos mais bonitos da existência: a luz é privilégio dos que entendem a importância da sombra.

Portanto, brilhar é condição exclusiva dos que compreendem que a sombra é parte de si mesmo. Somos feitos dos dois. Luz e sombra. Logo, temos a liberdade de escolher com qual vamos prosseguir na vida. A sombra marca o reconhecimento da dor, da fragilidade, da mortalidade da matéria. Entretanto, a luz confirma nossa ascendência divinal, nosso propósito e a imortalidade que nosso brilho pode gerar a partir do momento que brindamos outras vidas. Ser magnético não é uma dádiva e, sim, uma decisão.

Você pode permanecer no lugar escuro e frio da solidão, da não estima pelo ser que você é ou pode escolher sair desse lugar, enfrentar a intensidade da luz e somar-se a ela. Ao somar-se à luz, você enxerga que tudo o que você precisava fazer era brilhar. Foi para isso que você nasceu. Quando você brilha, você revela aos demais que a escuridão nada mais é do que o lugar onde reside uma pessoa que não sabia que podia brilhar.

Uma pessoa magnética espalha luz quando brilha, então, essa é uma escolha diária. Eu escolho continuar brilhando.

* Marcela Brito é Mentora de Carreiras e Marcas Pessoais Globais. É co-founder e sócia da Iventys Educação Corporativa. Líder das Formações em Mentoria da Global Mentoring Group na América Latina. Mestre em Educação Profissional e Tecnológica pelo Instituto Federal de Brasília, Especialista em Gestão de Negócios pela Uninter e Estrategista em Personal Branding pela Personal Branding Academy. Desde 2009 edita o blog www.marcelabrito.com, é gestora de conteúdo do Projeto Moyoeno Lusofonando e autora de livros sobre carreira e interculturalidade. Em 2020 foi eleita Mentora do Ano pela Global Mentoring Group e lançou o Podcast Trilhas. É casada há 9 anos com Victor Brito e mãe de Elisa, de 8 anos. Para saber mais, também acesse www.marcelabrito.com

**Os artigos publicados com assinatura não manifestam a opinião de O Defensor. A publicação corresponde ao propósito de estimular o debate dos problemas nacionais e mundiais e de refletir as distintas tenências do pensamento contemporâneo.

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