Artigo: O ferro e a luta contra a anemia

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Por: Arthur Micheloni*

Nos quadrinhos e no cinema, uma das estrelas do universo Marvel é o magnífico Homem de Ferro. Muito inteligente e cheio de habilidade. Faz anos que o ferro está no imaginário do ser humano como símbolo de força e engenhosidade, até mesmo na mitologia antiga, onde vieram deuses do ferro. Esses seres personificam também vigor, inteligência e proteção. Algo muito parecido com o que nos entrega o ferro das carnes, feijões e das folhas verdes escuras.

Saindo do imaginário e voltando a realidade, esse mineral é um dos mais importantes para o organismo funcionar com perfeição. Na falta do mineral, quem ganha forças contra os superpoderes do organismo é uma super-vilã muito conhecida, a Anemia. Provocando desânimo, apatia, palidez, dor de cabeça e pode comprometer o crescimento infantil, o cérebro e nossa imunidade.

Um estudo realizado na UFSCar, revela que 33% dos brasileirinhos (meninos e meninas de até 7 anos de idade) apresentam anemia ferropriva. Os números são altos em todas as regiões do país e reforçam a importância de adotar estratégias para diminuir o problema.

O primeiro passo para isso, é não deixar faltar ferro desde o período do pré-natal, com um aumento para que o organismo consiga suprir as necessidades tanto da mamãe quanto do bebê.

Crianças com falta de ferro podem ter danos cognitivos e assim, podendo afetar no aprendizado escolar. É a carência de ferro levando consigo mentes brilhantes.

Embora o micronutriente seja indispensável em todas as idades e etapas da vida, alguns perfis e fases pedem maior cuidado com o consumo e o aproveitamento pelo corpo. Além das crianças, idosos, gestantes, mulheres com fluxo menstrual intenso e pessoas que seguem dietas restritivas (como veganos) precisam de um olhar cauteloso diante da falta de ferro.

Para ter um diagnóstico preventivo devemos realizar periodicamente exames de sangue que acusam a anemia a partir da análise de proteínas, como hemoglobina e ferritina.

Mas como adquirir ferro diante da alimentação?

Ainda que feijões, folhas verde-escuras e sementes ofereçam ferro, sua biodisponibilidade (a capacidade de ele ser aproveitado pelo corpo) ainda é menor quando comparada à de fontes animais. Isso se deve ao fato de as carnes possuírem ferro tipo heme, molecularmente mais adequado ao processamento do organismo. Por isso, a dica para conseguir alcançar as recomendações com equilíbrio é a variedade do menu, conseguindo utilizar feijão, sementes, folhas verde-escuras e carnes. Mas lembrem-se, o excesso de ferro também faz mal, então vamos manter uma alimentação saudável e sempre deleitando-se da prática de exercícios.

* Arthur Micheloni é Fisioterapeuta, pós-graduado em Osteopatia, Ortopedia e Traumatologia,  pós-graduando em Fitoterapia, discente e adepto da Medicina Integrativa e Graduando em Nutrição – e-mail: [email protected].

**Os artigos publicados com assinatura não manifestam a opinião de O Defensor. A publicação corresponde ao propósito de estimular o debate dos problemas nacionais e mundiais e de refletir as distintas tenências do pensamento contemporâneo.

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