Outubro Rosa: Dr. Rodrigo Alves Ferreira, ginecologista esclarece dúvidas sobre o câncer de mama

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O médico ginecologista e professor universitário, Dr. Rodrigo Alves Ferreira, atual morador de Taquaritinga, esclareceu as dúvidas quanto ao câncer de mama.

“O autoexame ajuda, mas o que é fundamental é a consulta com o médico ginecologista, que pode indicar um exame complementar, se necessário, dependendo da idade e do caso. A mulher pode detectar alguma alteração que venha a acontecer no autoexame e procurar um médico”, disse Dr. Rodrigo.

Sobre o rastreamento da doença, ele explicou “fazemos o rastreamento com a mamografia, a partir de 40 ou 50 anos, dependendo da sociedade e do histórico da paciente. Alguns tumores são detectados como microcalcificações, que não são detectados pela apalpação e sim pela mamografia, aí damos seguimento com a biópsia para verificar se é câncer ou não. Em algumas situações, podemos fazer um exame complementar de ultrassonografia de mama, como por exemplo em mamas que são mais densas, com mais glândulas que gordura. Também usamos, em alguns casos, o exame de ressonância nuclear magnética”.

Ferreira disse que “para as mulheres abaixo de 35 anos, o recomendado é a realização da ultrassonografia, mas em casos em que a paciente tem um risco maior de câncer de mama, o rastreamento começa antes”.

“Quanto aos homens, que podem ser acometidos pela doença, cerca de 1% a 2%, o rastreamento do câncer de mama não é feito, mas ao perceber qualquer alteração na mama, seja uma lesão ou um caroço, ele deve procurar um ginecologista o mais rápido possível. O aparecimento desse sintoma não significa que seja câncer, podendo ser uma alteração benigna”, esclareceu o professor universitário.

Quanto ao tratamento, o ginecologista explicou que “o tratamento pode ser cirúrgico, quimioterápico (antes ou após a cirurgia), a radioterapia e dependendo do tumor, a hormonioterapia, em que são utilizadas medicações para evitar a recorrência do tumor. A retirada da mama não é necessária em todos os casos, naqueles em que os nódulos são detectados no início é possível retirar apenas o nódulo ou talvez um quadrante que dê uma margem maior de segurança. A colocação da prótese é dificilmente realizada na mesma cirurgia de retirada”.

De acordo com Dr. Rodrigo, o único anticoncepcional indicado para as mulheres que estão em tratamento é o DIU de cobre, além de preservativo, ‘tabelinha’, apesar de ter um índice de falha maior.

Ao ser questionado sobre os fatores de risco para o desenvolvimento da doença, ele comentou que “a questão genética pode aumentar o risco do câncer de mama, mas isso não significa que a mulher vá ter o câncer de mama, existe apenas o fato dela ter o risco aumentado. Além de fatores que parecem estar associados, como: ter filhos após os 30 anos, não amamentação, ingestão de bebidas alcóolicas em excesso, obesidade. Acredita-se que o ambiente é um fator mais importante que a genética”.

Sobre o mês em que a doença é lembrada, ele declarou que “o outubro rosa é importante para alertar as mulheres sobre a prevenção do câncer de mama, pois com o diagnóstico precoce a doença é detectada no início e a mortalidade é reduzida, tendo uma chance muito grande de cura dessa paciente”.

Dr. Rodrigo encerrou fazendo um alerta a todas as mulheres “procurem o médico ginecologista para que ele te oriente da melhor maneira possível, e faça uma consulta anual”.

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