Artigo: Brasileiros Atormentados

Por: Luís Bassoli

• O povo brasileiro vive sendo atormentado, diuturnamente, pela maldade do bolsonarismo.
• Não há um dia sequer que o desgoverno bolsonaro não aja contra os interesses do País.
• São tantas as atrocidades que fica impossível elencá-las.
• As recentes foram a tentativa do Ministério da Saúde de impedir a vacinação dos adolescentes contra a Covid-19; seguiu-se a revelação de que o ministro da Economia, Paulo Guedes, possui, ilegalmente, contas bancárias em “paraísos fiscais”, enriquecendo com a alta do dólar; e o desumano veto presidencial ao projeto, aprovado pelo Congresso, que prevê a distribuição de absorventes às estudantes de baixa renda de escolas públicas e às pessoas em situação de miserabilidade.
• Um fio de esperança está no fato de que as pesquisas mostram a queda, constante, do apoio popular ao presidente; o sucesso da CPI da Covid no Senado, que vem desvendando a prática criminosa dos entes públicos; a aparente mudança de postura da Procuradoria-Geral da República que, pela primeira vez, citou, nominalmente, o presidente bolsonaro nas investigações dos atos antidemocráticos no STF, além de pedir a prisão de bolsonaristas que atacam a Democracia.
• Vale destacar também a crescente rejeição de parlamentares ao bolsonarismo, como as expressadas pelos políticos mais votados em Taquaritinga nas eleições de 2018: o secretário de Desenvolvimento Regional, Marcos Vinholi (do PSDB, mesmo partido do prefeito Vanderlei Marsico), candidato a deputado estadual; o deputado federal Baleia Rossi (MDB); a senadora Mara Gabrilli (PSDB); o governador João Dória (PSDB), vencedor em nossa cidade no primeiro e segundo turnos; e até mesmo o falecido Senador Major Olímpio (do PSL do vice-prefeito Luiz Fernando), que disse, pouco antes de morrer de Covid-19, que “Bolsonaro está comprando os partidos para não ter impeachment”.
• Todos retiraram o apoio a bolsonaro, diante dos arroubos golpistas do presidente e de sua péssima gestão.
• Esse tormento por que passamos haverá de terminar – ou com o impeachment ou nas urnas (eletrônicas) no ano que vem.

* Luís Bassoli é advogado e ex-presidente da Câmara Municipal de Taquaritinga (SP).

**Os artigos publicados com assinatura não manifestam a opinião de O Defensor. A publicação corresponde ao propósito de estimular o debate dos problemas nacionais e mundiais e de refletir as distintas tenências do pensamento contemporâneo.