Artigo: Outubro Rosa  

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Por: Arthur Micheloni*

Neoplasia ou, como é popularmente chamado, o câncer de mama é caracterizado pelo crescimento de células cancerígenas na mama. 

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o tumor é o segundo mais comum entre as mulheres, perdendo apenas para o câncer de pele, porém, quando falamos em letalidade, o câncer de mama é o primeiro. 

Em sua fase inicial, o tumor pode ser muito pequeno, chegando a ter menos de um centímetro, sendo necessário um exame de imagem para a detecção. Quando diagnosticado e tratado na fase inicial da doença, as chances de cura do câncer de mama chegam em até 95%. Sendo assim, hoje, o câncer de mama não é mais uma sentença, graças ao grande investimento em novas pesquisas, a taxa de cura é cada vez mais alta e a recuperação cada vez mais rápida. 

Entendendo os tipos mais comuns: 

— Carcinoma ductal: Considerado o mais comum. Se forma no revestimento de um dos ductos mamários. Do mesmo, ainda existem dois tipos, o carcinoma in situ, que permanece dentro dos ductos como um tumor não invasivo e o carcinoma ductal invasivo, que pode se espalhar para outros locais. 

— Carcinoma lobular: Também apresenta dois tipos, o carcinoma lobular invasivo, que se desenvolve nos lóbulos mamários e o carcinoma lobular in situ, considerado um marcador de risco para o desenvolvimento do câncer de mama, podendo ser um precursor não obrigatório do carcinoma invasivo. 

— Tecidos conjuntivos: Um pouco mais raros que os dois citados acima, porém, em alguns casos, o câncer de mama pode começar no tecido conjuntivo, que é composto por músculos, gordura e vasos. Também pode ser conhecido como sarcoma ou angiossarcoma. 

 Fatores de risco e principais causas: 

— Ser mulher: Muitos se enganam achando que somente mulheres podem ter câncer de mama. Sim, homens também podem ter, porém, mulheres são mais propensas a desenvolver à doença. 

— Histórico pessoal: se a paciente já foi diagnosticada com câncer de mama em um dos seios, há maiores chances do desenvolvimento do tumor na outra mama 

— Histórico familiar (Hereditariedade): Pacientes com histórico da doença na família tem mais chances de adquirir a doença. 

— Mutação genética: Algumas mutações genéticas podem ser passadas de pais para filhos e podem aumentar o risco, tais como as BRCA1 e BRCA2. 

Outros fatores mais comuns são: Idade, obesidade, primeira menstruação precoce, entrada na menopausa em idade avançada, exposição à radiação em tratamentos no peito quando jovem, nunca ter engravidado ou ter passado pela primeira gestação após os 30 anos, consumo de bebidas alcoólicas. 

  Mas, e a prevenção? 

Bem, infelizmente ainda não existe uma forma de prevenção comprovada, mas há algumas formas de diminuir o risco do desenvolvimento do câncer de mama, principalmente para mulheres com precedentes, como estar sempre com os exames em dia, a melhor forma de prevenção é realizar exames periódicos, evitar alguns alimentos considerado de risco* e em alguns casos até uma profilaxia preventiva (em alguns casos há a possibilidade da retirada dos tecidos mamários como forma de profilaxia e prevenção. 

 *Alguns estudos indicam que há uma relação entre o câncer de mama e o consumo de grandes quantidades de gordura (principalmente a saturada).

* Arthur Micheloni é Fisioterapeuta, pós-graduado em Osteopatia, Ortopedia e Traumatologia e pós-graduando em Fitoterapia, discente e adepto da Medicina Integrativa – e-mail: [email protected].

**Os artigos publicados com assinatura não manifestam a opinião de O Defensor. A publicação corresponde ao propósito de estimular o debate dos problemas nacionais e mundiais e de refletir as distintas tenências do pensamento contemporâneo.

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