Artigo: O ocaso da diplomacia brasileira

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Por: Luís Bassoli*

  • A ONU foi fundada em 1945, por 50 países, com o Brasil incluso.
  • Na segunda Assembleia-Geral da Organização, o então ministro das Relações Exteriores do Brasil, Oswaldo Aranha, fez o discurso de abertura.
  • Desde então, tornou-se tradição, não uma regra escrita, que o nosso País inaugurasse o evento anual.
  • Na abertura da Assembleia-Geral de 2021, na manhã de terça-feira (21/9), o presidente bolsonaro proferiu o que já é considerado o pior discurso da história brasileira junto à comunidade internacional.
  • Analistas do mundo todo descreveram a fala como “radical” “negacionista”, “distorcida”, entre outras críticas.
  • O fato é que bolsonaro mentiu sobre a Amazônia, distorceu dados econômicos, omitiu sua atuação contra a pandemia, negou a ciência ao defender o uso da cloroquina – um desastre!
  • O presidente se comportou perante os chefes de Estado como se comporta no “cercadinho” de seus amalucados e fanáticos seguidores.
  • O discurso teve momentos patéticos, como quando disse que o Brasil estava à “beira do socialismo”, ou quando se dispôs a acolher “cristãos do Afeganistão” (cerca de 0,2% da população afegã é cristã).
  • Bolsonaro entrou para a galeria dos líderes “exóticos”, uma versão piorada de Hugo Chaves ou Muammar Kadafi.
  • O presidente solidificou, na ONU, o ocaso da atual política externa brasileira; hoje, o Brasil é tratado como um Estado Pária, i.é, uma nação à margem das normas internacionais, irrelevante e isolada.

* Luís Bassoli é advogado e ex-presidente da Câmara Municipal de Taquaritinga (SP).

**Os artigos publicados com assinatura não manifestam a opinião de O Defensor. A publicação corresponde ao propósito de estimular o debate dos problemas nacionais e mundiais e de refletir as distintas tenências do pensamento contemporâneo.

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