Após polêmica sobre volta as aulas em Taquaritinga (SP) autoridades educacionais comentam o assunto

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Na tarde de quarta-feira (11), a vereadora Mirian Ponzio fez uma postagem em suas redes sociais dizendo que havia recebido informações que dois alunos de uma escola estadual e um da escola municipal teriam testado positivo para a Covid-19.

A postagem da vereadora afirmava que “informações preocupantes nas últimas horas sobre casos de Covid-19 nas escolas de Taquaritinga. As aulas presenciais mal começaram, e mesmo com 35% presença, já foram contabilizados três casos de estudantes infectados em nossa cidade. Os dois primeiros (7º A do fundamental e 3º C – Ensino Médio) são da Escola Estadual Nove de Julho, que apesar da confirmação de ambos, não foi fechada. Na Escola Municipal de Ensino Básico (EMEB) Elza Maria Martucci, localizada no distrito de Jurupema, também foi registrado um caso positivo de aluna do Ensino Fundamental II. As aulas presenciais em Jurupema e Vila Negri foram suspensas até o dia 17, em caráter preventivo.  Já no Nove de Julho, não foi tomada nenhuma medida de restrição de acesso à escola ou às salas de aula. Ainda há relatos de termômetros com falhas na aferição de temperatura. Não podemos nos esquecer que estudantes não foram vacinados e os professores e funcionários só tomaram a primeira dose. Sem contar a falta de adequação das unidades escolares e de testes para todos que frequentam o ambiente escolar. É um problema muito sério que está acontecendo. É uma batalha com o governo do estado”.

Em entrevista ao Programa Microfone Aberto, apresentado por Auro Ferreira, transmitido em uma emissora FM de Taquaritinga, realizada na manhã de quinta-feira (12), Mirian Ponzio declarou que “nós visitamos várias escolas, falamos com muitas professoras e as escolas não estão preparadas para a volta. O executivo tem se esforçado, nós entendemos que tem problema com licitação, com empresas, mas teve dois anos para isso. O que nós queríamos é que os professores voltassem após 14 dias da aplicação das duas doses. A escola 9 de julho, inclusive, temos uma liminar que a APEOESP ganhou, o governo do estado e nem a diretoria de ensino não cumpre, ela diz que os professores devem retornar as atividades presenciais após o recebimento das duas doses. Na minha opinião teríamos que fechar essa escola. Uma aluna do 7º ano A testou positivo e outra do 3º ano, então, teríamos que fechar a escola para que não haja mais infecções, nem de professores e funcionários.A escola está em condições, mas os alunos vem contaminados. O risco é muito grande, tanto para os professores quanto para os alunos. Em Jurupema teve o caso de uma menina do 8º ano, em que a Secretaria da Educação foi muito prudente, pois fechou tanto a escola de Jurupema quanto a de Vila Negri, que ao detectarem o problema fecharam a escola”.

Já a Dirigente Regional de Ensino, Maristela Gallo, também concedeu entrevista e quando foi questionada sobre a necessidade de fechar a escola em que os casos foram detectados, ela afirmou que “nunca há a necessidade, pois estamos no sistema de rodízio. Ontem a diretora me falou que teve outro caso na escola, que a aluna foi em um dia, e no outro tinha testado positivo. O protocolo é, que a turma dessa aluna não vá no dia seguinte, nem nos próximos.Do primeiro caso, monitoramos e deu tudo certo, tanto para os professores quanto para os alunos e agora nesse segundo, estamos monitorando também. A aluna já foi para a escola contaminada, não se contaminou na escola. Nós temos protocolos rigorosamente seguidos, como o de distanciamento.Esse não é o primeiro, nem o segundo caso, mas já tivemos casos em outras cidades. Em uma sala do tamanho da escola 9 de julho, com um metro de distância, caberia 30 alunos e a escola está trabalhando com 5, 6 alunos,por um cuidado dos diretores.Todos os professores estão preocupados, não só os da escola 9 de julho, mas precisamos retornar as nossas atividades. A vida precisa novamente tomar seu rumo.É até um pouco exagerada essa preocupação com as escolas”.

A Secretária da Educação do Município declarou que “é uma situação inusitada, no começo não sabíamos como lidar com essa situação, com relação à pandemia, até que chegou um tempo que houve um avanço na vacinação, então, optamos um retorno com 35% e percebemos que esse número não está sendo alcançado. Nenhuma criança estava sem máscara, as escolas estão seguindo os protocolos. A aluna é do 8º ano que se contaminou foi apenas um dia na aula. A escola de Vila Negri também foi fechada porque essa aluna utiliza o transporte escolar. Resolvemos fechar as escolas e ficar observando. A mãe dela disse que ela não iria à escola pois estava com sintomas de gripe e ao fazer o teste, resultou positivo. Ela não foi contaminada na escola, mas foi contaminada para a escola e permaneceu com a máscara, todos os alunos permaneceram de máscara, então, fechamos por precaução. Quando ela foi para escola, não apresentava sintomas. Conversei muito com o Secretário de Saúde, que se comprometeu a fazer o teste em todos os alunos. Apenas para ter certeza que está tudo certo. É uma situação que temos que enfrentar”.

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