Artigo: Corrupção leva bolsonaro ao isolamento

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Por: Luís Bassoli*

  • Após ser insultado por bolsonaro, o vice-presidente da Câmara dos Deputados, Marcelo Ramos (PL/AM), pediu cópias dos processos de impeachment para “análise”.
  • O deputado, cujo partido – PL – compõe a base aliada do governo, sustenta que, nos casos de ausência do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP/AL), ele assumirá o cargo interinamente e, nessa condição, irá saber se Lira estaria ultrapassando “os limites das regras democráticas”, e se a Câmara deve tomar uma atitude “mais assertiva” para reprimir os ataques bozonaristas.
  • Dias antes, os presidente dos partidos Democratas (ACM Neto); MDB (Baleia Rossi); PSDB (Bruno Araújo); Novo (Eduardo Ribeiro); PV (José Luís Penna); PSL (Luciano Bivar); Solidariedade (Paulinho da Força); e Cidadania (Roberto Freire), teceram duras críticas às falas golpistas de bolsonaro, afirmando que: “nenhuma forma de ameaça à Democracia será tolerada”.
  • No mesmo sentido, se manifestaram o presidente da Câmara, Arthur Lira, e o presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (DEM/MG).
  • Lira disse ter “total confiança no sistema eleitoral brasileiro”; Pacheco reiterou “que não admitirá atentados à independência do Parlamento”. Ambos são líderes do Centrão, indicados pelo bolsonarismo para presidir as Casas Legislativas.
  • Aumenta, pois, o número de dissidentes do bolsonarismo, dentro do governo, a exemplo de Sérgio Moro, Mandetta e General Souza Santos; e também no Congresso, com a saída dos deputados da linha de frente da tropa de choque Joice Hasselmann (PSL/SP), ex-líder do governo; Delegado Waldir (GO), líder do PSL; Luciano Bivar, presidente do PSL; Kim Kataguiri (DEM/SP), líder do MBL, que passaram da base aliada para a oposição.
  • No Senado, o primeiro rompimento foi do Major Olímpio (PSL/SP), que acabou morrendo de Covid-19.
  • A cada corrupção desvendada se segue um ataque histriônico do destrambelhado presidente, o que leva à debandada dos que têm um mínimo de compostura.
  • Jair terminará isolado, cercado apenas de seus lacaios – é o fim comum dos ditadores-alucinados, como Hitler, Mussolini, Stalin, Pinochet, Fujimori ou Hugo Chávez.

* Luís Bassoli é advogado e ex-presidente da Câmara Municipal de Taquaritinga (SP).

**Os artigos assinados não representam a opinião de O Defensor!

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