Artigo: A distopia do menino Ney

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Por: Luís Bassoli*

  • Neymar é um craque, está na seleta galeria dos gênios do futebol, talvez o mais espertacular jogador em atividade no planeta, ao lado de Messi e CR7.
  • O ex-jogador do Santos chegou a dizer que “não era negro”, mas passou a construir a consciência de sua negritude ao se manifestar contra o racismo, influenciado por seus amigos do mundo do esporte Lewis Hamilton e LeBron James, na esteira do Movimento Black Lives Matter.
  • Demostrou, assim, um amadurecimento ao se “tornar negro”.
  • Porém, ainda parece longe de se tornar um cidadão pleno.
  • Seu recente desabafo, nas redes sociais, mandando “para o klo” os brasileiros que, em sinal de protesto contra o bozonarismo, sugeriram torcer para a Seleção Argentina na final da infeliz Copa América, revela uma distopia em relação à situação de seu país.
  • O Menino Ney se revoltou contra essa pontual “torcida pelos hermanos”, num jogo de futebol, só que se mantém calado sobre as infindáveis manifestações racistas, machistas, misóginas, homofóbicas e desumanas do presidente bolsonaro, a quem apoiou.
  • Infelizmente, as cores da Bandeira Nacional e a camisa amarela da Seleção Brasileira foram “sequestradas” por uma horda de neofascistas que apoia o nefasto presidente; daí é compreensível a reação dos democratas de fazer do “torcer contra a Seleção”, nesse momento, um gesto simbólico de resistência.
  • Em breve, o pesadelo bolsonarista acabará e retomaremos a soberania sobre nossa Bandeira, nossas cores, nossa Camisa Canarinho – e voltaremos a sorrir.
  • E a torcer pelo Neymar!

* Luís Bassoli é advogado e ex-presidente da Câmara Municipal de Taquaritinga (SP).

**Os artigos assinados não representam a opinião de O Defensor!

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