Cães e a espiritualidade. Afinal, existe mesmo a reencarnação de cachorros?

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Por: Adriana de Oliveira*

Certa vez ouvi de um amigo que ‘cada fruto de uma mesma árvore amadurece a seu tempo’, bem como só nos harmonizamos com alguma verdade quando estamos prontos para ela. Ainda existe quem não acredita que os animais tenham alma, outros não acreditam sequer que eles tenham sentimentos.

Se aquilo que anima o corpo e a matéria é o espírito, por que imaginar que animais não o possuam? Se eles amam, sentem e sofrem como nós são capazes de aprender, evoluir e melhorar. São capazes de nos ensinar uma das virtudes mais puras e autênticas, que é amar incondicionalmente.

Como nós, seres racionais podemos contestar tamanha evidência? O que de fato é mais contundente para a evolução senão o amor?

Pois eu, de posse das minhas verdades e do amadurecimento conquistado pela experiência de vida, acredito não apenas que os animais possuem alma, como acredito em sua volta.

Ao longo do tempo colecionei minhas próprias evidências e, com sentidos aguçados, pude captar tantas outras histórias que passam despercebidas à grande maioria dos olhares e sentidos desatentos. São histórias de cães que retornam.

Muitos decodificadores espíritas (porta-vozes do mundo espiritual), assim como o próprio Chico Xavier, já anunciavam que esses animais, quando queridos e amados, ao terminarem sua missão junto de nós são recolhidos ao plano espiritual, cuidados e protegidos. Aí, sendo sua presença merecida, eles retornam para junto de nós. São essas histórias que me encantam. São esses encontros de almas que eu acredito.

Muitas pessoas contam histórias de cães que morrem e depois parecem voltar para suas famílias. É absolutamente possível que isso seja verdade. Afinal, o amor entre tutores e pets é tamanho que o universo sabe quando eles devem voltar para o mesmo lar.

Sempre cito o exemplo do Kaiser, que chegou para mim morto e renasceu para ser o maior companheiro que pude ter. Um cão incrível, que precisava da família certa para ser feliz e foi o que fizemos. Lhe oferecemos uma casa e um lar de verdade com uma família que o queria bem.

Kaiser foi um dos cães mais incríveis que conheci, meu grande professor. Com ele aprendi muito. Ele era um laboratório vivo. Tinha temperamento incrivelmente inteligente e seletivo. Enquanto estava com seus antigos donos, era realmente um cão à deriva, sem líder, sem freio. Uma fera, assustador.

Aqui podemos lembrar quanto é importante a relação de liderança entre tutores e cães. Só assim, se sentindo amados em todos os sentidos, inclusive na condição em que se impõem limites e educação, os cães tornam-se as melhores partes de nossas famílias.

*Adriana de Oliveira é cinóloga e etóloga especialista em comportamento canino.

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