Deputados, prefeitos e vereadores de 30 cidades se unem por medidas emergenciais contra a Covid

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Os municípios de Altinópolis, Barrinha, Batatais, Brodowski, Cajuru, Cravinhos, Dumont, Guariba, Jaboticabal, Luiz Antônio, Jardinópolis, Monte Alto, Morro Agudo, Nuporanga, Pirangi, Pirassununga, Pitangueiras, Porto Ferreira, Pradópolis, Ribeirão Preto, Rincão, Sales Oliveira, Santa Rita do Passa Quatro, Santa Rosa de Viterbo, Santo Antônio da Alegria, São Joaquim da Barra, Taquaritinga, Terra Roxa, Tambaú e Viradouro, representadas por seus prefeitos e ou vereadores, se uniram ao pedido dos deputados Rafael Silva e Ricardo Silva para reivindicar do Governo do Estado de São Paulo medidas emergenciais contra a Covid-19. Outras prefeituras e câmaras devem aderir nos próximos dias.

O motivo é o risco de mais mortes de pacientes à espera de uma vaga em UTI. Entre as solicitações, assinadas pelos representantes dos municípios, está a contratação imediata de 237 profissionais, aprovados em concurso, para o Hospital das Clínicas de Ribeirão que, por falta de funcionários, pode ser obrigado a fechar mais dez leitos. Quatro foram fechados há cerca de um mês.

Uma segunda medida é o custeio, por parte do Estado, de leitos de UTI nas cidades da macrorregião que estão capacitadas para isso. E, em terceiro, que o governo pague por internações em UTIs de hospitais particulares, uma vez que os hospitais públicos, em boa parte, não têm mais capacidade de ampliação de leitos.

Rafael Silva relata que os pedidos de famílias desesperadas por um leito de UTI, para um filho, para uma mãe, um avô, têm aumentado todos os dias. “A imprensa está noticiando essa busca, esse sofrimento, em todas as cidades da macrorregião. Falamos na Santa Casa e na Beneficência de Ribeirão, eles não têm mais espaço físico nem pessoal para ampliar as vagas. O HC, sim, pode ajudar, e muito. É um hospital de primeiro mundo. Por isso o governo precisa autorizar essas contratações imediatamente”, ressalta.

O deputado federal Ricardo Silva explica que o momento é de somar forças, de pensar coletivamente, porque quase a totalidade dos municípios da região está passando por esse quadro. “Em Ribeirão, no mês de maio, a média de contaminações foi de uma pessoa a cada cinco minutos. Não podemos mais aceitar mortes todos os dias. Ainda mais por falta de leitos dentro do Estado mais rico da Nação. Famílias estão acionando a Justiça para conseguir uma vaga em UTI. Todos os dias a imprensa fala de dezenas, centenas de pessoas nos postos, na macrorregião, à espera de uma vaga. E ver um amigo, um familiar, um filho morrer porque não teve atendimento necessário, isso não podemos aceitar”, afirma.

Para o grupo de prefeitos, vereadores e os deputados, o momento é de agir, e não de apontar para o que não deu certo ou atribuir culpas. Segundo eles, novas ações podem e devem ser tomadas, também, o mais breve possível, para evitar o aumento de casos. Mas, se o governo não auxiliar nas medidas solicitadas, a macrorregião terá mais vítimas e mais pessoas mortas. “Foi a população paulista que fez de São Paulo o Estado mais desenvolvido do país. E é essa mesma população que agora precisa de ajuda”, dizem os representantes dos municípios.

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