Artigo: Taquaritinga perde Adauto Scardoelli; e Matão a sua maior liderança política

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Por: Gustavo Girotto*

Adauto Scardoelli tomou posse em janeiro – no meio de uma Pandemia – que fora ofuscada por uma tarde feliz de verão. Tão logo cumpriu sua agenda oficial – não titubeou: correu nos braços de sua família em Jurupema. Sou testemunha ocular: estava lá com minha esposa e filha.

Adauto chegou ovacionado como prefeito, mas deixou claro que lá era o amigo, o avô, o marido, o irmão do tio Maurício, o pai da Fabiana Ponzio Scardoelli , do Ricardo Ponzio Scardoelli Paina, do Fernando PS  e do Renato Ponzio Scardoelli  – um dos grandes amigos que a vida me presentou.

Ele caminhou e se exercitou na piscina e, por incontáveis minutos, brincou com os pequenos. Com os ‘grandes” contou piadas, falou de futebol e confessou que um futuro de novas esperanças chegaria. Naquele dia, ele também foi cozinheiro –  gostava de coisas simples – a política de vitórias jamais o afetou.

Adauto trabalhou como professor e advogado. Sempre lutou pela democracia, pelo social. Militou desde o período estudantil no PT, contra a ditadura – sendo grande amigo e defensor do Lula. Jamais traiu suas convicções, seus companheiros e a sua consciência. Ocupava pela quarta vez o cargo de prefeito de Matão – com votação inalcançável. Certa vez, na Agrishow de Ribeirão Preto – no primeiro ano da gestão Lula – presenciei uma cena histórica:

– Uma comitiva de prefeitos, autoridades e jornalistas aguardavam a chegada do recém eleito presidente. Ao descer do helicóptero, Lula quebrou o protocolo e furou o bloqueio. Em fração de milésimos, abraçou o Adauto e disse:

– “Meu amigo, grande prefeito de Matão. Chegamos, conseguimos”!  Os seguranças dominaram a cena. Adauto emocionado – prosseguiu com Lula. Eram parte única de uma história, de um sonho que naquele momento havia prosperado. O PT chegou lá…Adauto e Lula também…

Taquaritinga perdeu a oportunidade de ter Adauto Scardoelli como prefeito – sempre digo: nossa história seria bem diferente. Hoje todos nós perdemos o Adauto: amigo, pai e avó. Mas a história continua…seu legado permanece! Fique em paz, Pachamé (como era chamado pelos amigos mais próximos)- nós lutaremos ainda por aqui: pela sua crença, por um futuro menos sombrio e pra fazer brilhar uma estrela…😢😢😢…Adauto Scardoelli, presente 👊…

*Gustavo Girotto é jornalista.

**Os artigos assinados não representam a opinião de O Defensor!

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