Deputado Rafael Silva pede urgência no envio de testes rápidos para região de Ribeirão Preto
Ofício assinado também pelo deputado federal Ricardo Silva aponta risco de cidade e municípios vizinhos se tornarem o novo epicentro da Covid-19 no Estado.
Com o anúncio da compra de um milhão de testes rápidos feito pelo governador do Estado, João Doria, o deputado estadual Rafael Silva, logo em seguida, solicitou, de forma oficial e urgente, juntamente com o deputado federal Ricardo Silva, que a Secretaria Estadual de Saúde destine para Ribeirão Preto e região uma grande quantidade desses novos dispositivos. Os testes, em apenas 15 minutos, identificam quem são as pessoas infectadas e, assim, permitem que as prefeituras tomem medidas de proteção e isolamento baseadas em informações concretas, para evitar que esses pacientes contaminem familiares, vizinhos, amigos.
Segundo pesquisa realizada pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) sobre dados do Instituto Adolfo Lutz, existe uma tendência de piora da doença em Ribeirão nas próximas semanas. De acordo com o estudo, é possível que a região se torne o novo epicentro da Covid-19. Dados apontam que, dos novos casos em Ribeirão, há um predomínio de 88% da variante P.1, descoberta em Manaus. A cidade e municípios da macrorregião formam a área com maior ocorrência dessa nova forma da doença em todo o Estado de São Paulo.
No ofício dirigido ao governador e ao Secretário de Saúde, Jean Gorinchteyn, Rafael Silva e Ricardo Silva informam a situação grave da região. “Se temos um quadro crítico aqui, com quase todas as cidades sofrendo com falta de leitos em UTI, postos de saúde lotados, mortes, o governador precisa entender que é pra cá que eles precisam mandar um maior número de testes. E isso com urgência”, afirmam.
Os deputados também relatam no documento que a Prefeitura de Ribeirão Preto, mesmo tendo recebido até agora R$ 173 milhões de verbas públicas, não fez uma compra sequer de testes rápidos, desde o início da pandemia, o que poderia ter sido uma medida eficiente para detectar quem são as pessoas contaminadas e promover um controle de isolamento eficaz, evitando o avanço da doença e das mortes.
