No Dia Mundial sem Tabaco, médico alerta para os danos do vício à saúde

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“É inadmissível o número de mortes provocadas pelo tabagismo, incluindo os fumantes passivos”.

O médico pneumologista Álvaro Gradim, presidente da Associação dos Funcionários Públicos do Estado de São Paulo (AFPESP), salienta que o Dia Mundial Sem Tabaco, 31 de maio, deve servir de alerta para os graves prejuízos que o hábito de fumar causa à saúde. “Neste momento em que todas as atenções estão voltadas para a Covid-19, é importante lembrar os demais fatores de risco e causadores da perda de numerosas vidas”, pondera, acrescentando: “Cabe reiterar que fumar é uma comorbidade grave para pacientes infectados pelo novo coronavírus”.

Lembrando que a data foi criada em 1987 pelos países-membros da Organização Mundial da Saúde (OMS) para difundir a conscientização sobre os efeitos nocivos do tabagismo, inclusive do passivo, Gradim observa que o fumo mata mais de oito milhões de pessoas por ano, segundo a entidade. Mais de sete milhões desses óbitos resultam do uso direto de cigarros, charutos e cachimbos e cerca de 1,2 milhão são constituídos de fumantes passivos, vitimados pelo vício alheio. Cerca de 80% dos mais de um bilhão de tabagistas do mundo vivem em países de baixa e média renda, nos quais o peso das doenças e mortes relacionadas ao problema é maior.

No Brasil, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), 443 pessoas morrem a cada dia por causa do tabagismo. Os ônus provocados pelo cigarro no sistema de saúde e na economia são de R﹩ 125,14 bilhões. “No nosso país, dentre as mortes anuais atribuíveis ao fumo, 37.686 correspondem à Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica; 33.179, a enfermidades cardíacas; 25.683, a outros cânceres; 24.443, ao câncer de pulmão; 18.620 ao tabagismo passivo e outras causas; 12.201, à pneumonia; e 10.041 ao AVC – acidente vascular cerebral”, salienta o médico.

Gradim alerta que “esses números demonstram a gravidade do tabagismo e reforçam a necessidade de que as pessoas realizem imenso esforço para largar o vício, que é uma doença e precisa ser tratada com ajuda médica e muita determinação”. Afirma, ainda, ser “fundamental o combate sistemático ao fumo, pois é inadmissível o número de mortes que provoca, inclusive dos que não têm o vício e são vitimados de modo passivo”.

Tratamento gratuito

O presidente da AFPESP informa ser possível contar com ajuda médica para o abandono do vício, que pode e deve ser tratado como uma doença. Uma boa alternativa é o Centro de Referência de Álcool, Tabaco e Outras Drogas (CRATOD), que oferece atendimento gratuito, no Estado de São Paulo, para quem deseja parar de fumar. O serviço está funcionando na pandemia da Covid-19 por meio virtual e é prestado em todos os municípios paulistas. Para saber como e onde buscar atendimento, basta acessar o site https://www.saude.sp.gov.br/cratod-centro-de-referencia-de-alcool-tabaco-e-outras-drogas/tratamento/locais-para-tratamento-de-tabagismo. Em todo o Brasil há serviços específicos para quem quer abandonar o vício. O SUS articulou a criação, com secretarias da saúde estaduais e municipais, de grupos para orientação e tratamento.

Sobre a AFPESP

A Associação dos Funcionários Públicos do Estado de São Paulo (AFPESP) é uma entidade sem fins lucrativos e direcionada ao bem-estar dos servidores civis estaduais, municipais e federais atuantes do território paulista. Fundada há oito décadas, é a maior instituição associativa da América Latina, com mais de 244 mil associados.

Está presente em mais de 30 cidades. Tem sede e subsede social no centro da capital paulista, 20 unidades de lazer com hospedagem em tradicionais cidades turísticas litorâneas, rurais e urbanas de São Paulo e Minas Gerais, além de 16 unidades regionais distribuídas estrategicamente no Estado de São Paulo.

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