Esporte de Primeira – A final detalhista que deu o título ao São Paulo

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Por: José Roberto Gaion*

A quem diga que os dois jogos das finais entre Palmeiras e São Paulo foi feio, por conta das defesas fortes e do sistema de jogo querendo encontrar uma falha para poder sair um gol. E o fator sorte ajudou o time do Morumbi, como o tento de Luan que desviou em Melo. Entretanto, a final foi mais do que o fator sorte, tivemos grandes disputas individuais e vários aprendizados por ambas as equipes que podem ser levados ao decorrer do ano. Ambas as equipes, por exemplo, mostraram uma defesa qualificada. Ambas as equipes tem jovens que podem fazer dinheiro e ajudar também dentro de campo. Ambas as equipes tem treinadores promissores.

O Palmeiras foi mais agressivo no jogo dois, principalmente na primeira etapa. Mas, o São Paulo soube se defender e o primeiro gol ajudou e muito a tomada de decisões da partida. O Tricolor só precisou seguir seu trabalho bem estruturado defensivamente. Aquela questão que a decisão seria definida em um detalhe acabou acontecendo, mas, esse detalhe não veio somente na final, veio em todo o campeonato, aonde o Tricolor atuou sempre buscando o caneco.

Essa estruturação do grupo do São Paulo contou também com os  27 dias de treinos que o Tricolor teve na parada por conta da pandemia. Um momento único no qual Crespo conseguiu implementar suas ideias. O Palmeiras teve 13 dias de trabalho e quatro jogos a mais nesse período. Nos últimos 42 dias, a equipe de Abel teve o peso de três finais. A caminhada Alviverde segue e desta vez, com tempo para trabalhar. A sequência de jogos seguirá, mas menos insana do que os acumulados que fazem do Alviverde o time que mais jogou em 2021.

O São Paulo de Crespo da amostras que pode ser um time confiável e forte. Agora, não tem o peso da fila, que ultimamente, acabava atrapalhando o time. O sistema com três defensores, o bom momento dos meninos da base, principalmente, Luan, Lizieiro e Nestor, reforços chegando para dar um maior suporte, tudo isso pode fazer o clube voltar as velhas conquistas. Embora, o Paulistão fosse considerado como uma Copa do Mundo, a porteira foi aberta e a ânsia por novos títulos está na mente de todos. Sempre falo do tempo, que se derem a Hernán Crespo, farão a cada dia, o clube mais forte.

O caminho recomeça a ser escrito com um título importante. Ainda com algumas ressalvas, mas com a aparência que o Tricolor está no caminho certo para voltar a ter paz.

*José Roberto Gaion é jornalista e apaixonado por esportes.

**Os artigos assinados não representam a opinião de O Defensor!

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