Artigo: Desacreditação

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Por: Luiz Roberto Vasconcellos Boselli

Se, hipoteticamente, existisse o “Certificado de Acreditação” (exclusivo da área da saúde), para todos os países do mundo, o nosso país o já teria, há um bom tempo, perdido este nobre certificado. Consequência, direta, da arcaica e bizarra opção ideológica e postura política, no plano nacional e internacional, do governo federal.

Um claro exemplo, aconteceu quando da vergonhosa participação, do mandante mor, no encontro de líderes acerca do Meio Ambiente. Foi, infelizmente e gravemente, percebida a pífia participação, sendo que alguns líderes nem se quer tiveram o trabalho de ouvi-lo. No dia seguinte, descaradamente, retirou recursos econômicos da pasta do Meio Ambiente. Se fiando, na estapafúrdia crença, de que tal ação passaria despercebida, tanto no plano nacional como no plano internacional.

O descrédito internacional, não apenas aumenta como os recursos destinados ao desenvolvimento de ações visando a defesa do bioma amazônico, até o presente momento não voltaram.   Para o capital internacional, pode não existir para países o certificado de acreditação, porém, este capital é ávido por países que apresentem governos confiáveis e panoramas econômicos estáveis, previsíveis e que tenham clareza em suas, atuais e futuras, ações econômicas.

O capital internacional não tem rosto e sempre objetiva auferir vultosos e significativos lucros. Quando visualiza um ambiente econômico, em algum país, e efetivamente encontram um saudável e estável mercado financeiro, aplicam seus dólares em confiança. Este aporte de recursos sinaliza, para outros investidores, se tratar de país confiável. O capital internacional não aparece apenas nas aplicações do mercado de capitais, mas também é presente em investimentos outros no país escolhido – privatizações e concorrências diversas. Infelizmente, atualmente o brasil, não é um país digno de fé pelo capital internacional. Até porque estamos vendo várias empresas, que há muito tempo habitam em nossas terras, fechando as filias e outras mudando de ares econômico e político – e com este movimento, levam junto os empregos que abarcavam em suas respectivas áreas.

Logicamente, temos que ponderar, a contínua pandemia, que até então, fez e faz um formidável rombo psico/social/econômico, em quase todos os países do mundo ocidental e do mundo oriental, tendo como amargos e intragáveis frutos os flagelos – desemprego e fome. Internamente, sabemos que muitos investimentos não estão ocorrendo, em razão da torpe ideologia política externa e interna, do mandante mor e seus asseclas. A ação mais enganosa, internamente, foi a sua busca de parceria política com o eterno centrão, pois, quando em campanha vociferou contra esta composição e que mudaria o jeito de fazer política no país. Hoje é refém político do famigerado centrão!

Atualmente, faz, com uma carcomida retórica, a defesa da retrógada e insana defesa do voto impresso! A esdrúxula proposta, do negacionista mandante mor, de reintroduzir o voto impresso, descaradamente regala as “perpétuas oligarquias” de políticos e de suas famílias, de nefasta carreira política, desde os tempos de império! Modo mais utilizado: o eleitor de cabresto recebia do mesário o voto já preenchido, fiscalizado por um capataz, do particular reduto político do autoproclamado coronel, e cumpria o seu papel nesta farsa, depositando o seu voto na urna. Este modus operante foi e é perpetuado historicamente por gerações e gerações neste continental país. Desta maneira, vingando esta arcaica e acrônica proposta, novos atores social estarão entre os que, barbaramente, também o serão beneficiados, e usarão o modus operante a sua maneira: os milicianos, os traficantes e os corruptos de carteirinha e os neos corruptos políticos, que por este caminho, iniciarão um frutífero futuro para seu reduto político  e benesses para seus familiares e parentes por aproximação.

Assim, o benefício, como sempre, atingirá as neos oligarquias e muitos e muitas das altas rodas sociais. E como de costume, sempre, quem já penava para existir como cidadão, ou seja, o povaréu, é quem diaramente “leva no lombo”. Infelizmente, o povaréu, acreditou em um falso líder político e sua falácia proposta política para o país. Felizmente, terão novas oportunidades e vivenciarão outras eleições.

*Luiz Roberto Vasconcellos Boselli é docente da Unesp/Marília –  [email protected]

**Os artigos assinados não representam a opinião de O Defensor!

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