Nossa Palavra – A perda de um democrata

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Foto: Reprodução Twitter

Após um ano e meio de luta contra o câncer o prefeito de São Paulo, Bruno Covas perdeu a batalha contra essa implacável doença. Covas tinha apenas 42 anos e estava no auge de sua carreira política, neto do ex-governador, Mario Covas, Bruno havia acabado de ser reeleito prefeito da principal cidade do Brasil, ao derrotar no segundo turno Guilherme Boulos do Psol.

Dois dias antes do seu falecimento,  Bruno Covas escreveu uma carta a seus a correligionários. A mensagem foi lida durante o evento de filiação do vice-governador Rodrigo Garcia ao PSDB.

Não podemos tomar partido por essa ou aquela agremiação política, mas vale a leitura de alguns trechos escritos. Nela, o prefeito falava das consequências catastróficas da pandemia de Covid-19, criticava as ações tomadas pelo governo federal no enfrentamento da doença e dizia que o momento atual deveria ser de união.

Na carta, Bruno afirmou que “esses últimos meses têm sido muito desafiadores para todos nós. A pandemia da Covid-19 tem cobrado um preço caro dos brasileiros e vamos caminhando para contabilizar 430 mil mortos”

Ele continuou “uma tragédia sem precedentes que já deixa e vai deixar muitas marcas na nossa história. As consequências são catastróficas: vidas interrompidas, famílias em sofrimento, negócios em dificuldade, desemprego, pobreza e, lamentavelmente, a fome”.

 “Faço esse preambulo, pois é exatamente sobre o que se trata o dia de hoje: política. A solução para nossos problemas só será enfrentada pela via da política, pela via democrática, pela seriedade com que os governos trabalham e realizam políticas públicas”, concluiu Covas.

Assim como seu avô, Bruno se mostrou um verdadeiro democrata, deixando apenas a certeza de que em um cenário político tão polarizado, sua ausência fará falta ao Brasil.É sabido, que nem todos concordam com os pensamentos políticos apresentados pelo prefeito e destacados por esse periódico, porém não podemos aceitar a radicalidade vivida nos últimos anos!

Devemos lembrar que eleições acontecem a cada quatro anos, e após o anúncio dos eleitos é dever dos políticos pensarem no bem de toda a população, não apenas no seu grupo e seus correligionários.

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