Dias (intermináveis) de Pandemia…

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Por: Gustavo Girotto*

Charge: Ique Woitschach

Resignação, fé. Brincadeiras, bagunça. Pausa, café. Almoço, louça. Acorda, arrumação. Leitura, barulho. E-mail, reunião. Vinho, água com gás. Pobreza, semáforo. Mercado, campanha de alimentação. Carne, iguaria. Negação, vacina. Cloroquina, charlatonice. Ivermectina, vermes. Lockdown, queda. Tratamento precoce, não existe. Enterrados vivos, fake news. Doença, sem remédio. Presidente, protesto. STF, dúvidas. Congresso, corrupção. Manchete, tristeza. Mais de 4 mil mortes/dia, interminável espera. Avião, silêncio. Ruas, máscaras. Trabalho, exaustão. Depressão, esperança. Novas cepas, quarentena. Casa dos pais, afeto. Avós, alegria. Febre, tristeza. Falta de ar, pânico. Resiliência, coragem. Terraplanistas, bandidos. Chocolates, milicianos. Suspensão, recomeço. Manifesto, assinaturas. Carnaval, silêncio. Praias, fechamento. Aglomeração, mortes. Passeata, imbecilidade. Mamata, filha de milico. Eventos, on-line. Contas, intermináveis. Inflação, presente. Reformas, standby. Gasolina, nas alturas. Pizza, Netflix. Xbox, desafio. Família, base. Nas alturas, divórcio. Aulas, virtuais. Ressignifica, canalhas. Investiga, imprensa. Oposição, nada. Situação, conivente. Centrão, manda. Ciência, Governo de São Paulo. Esperança, Instituto Butantã. Alta hospitalar, recomeço. Linha de frente, sucesso. Profissionais de saúde, heroísmo. SUS, conquista. Brasil, novas Cepas. Átila, avisa. Dráusio, explica. Dimas, desenvolve. Doria, marketeia. Covas, feriado. Chefes, exigem. Bolsonaro, atrapalha. Mourão, silencia. Olavo, ostracismo. Guedes, asterisco. Defensores, lucram. Pró-Bozo, relincham. Pernósticos, chafurdam. Gado, mugi. Michele, Queiróz. Rachadinha, Flávio. Pela ditadura, desumanos. Militares, cúmplices. Contaminado, risco. Famílias, dormem. Hospitalizados, entubados. Brasileiros, à deriva. Igrejas, Kássio. Bingos, clandestinos. Mais vacina, cadê? Biden, help. Merkel, hilfe leisten. Putin, Sputink. Vírus chinês, Ernestos. Vacina, nada. Chile, quase tudo. Suicídio, fim. Mortes, jaz…

Ou, quem sabe, despertamos em um novo mundo: onde todos já estão vacinados – crianças correm nos verdes jardins floridos – Bolsonaro não é mais o presidente. Manchetes: A volta ao normal, genocidas são condenados… Ainda um sonho distante. Por hoje, mais um dia de trabalho e o ciclo recomeça…Fé, futuro e Deus – interceda por nós… Amém, sem Kássio, dízimos e aglomeração…

Gustavo Girotto, jornalista

*Gustavo Girotto é jornalista.

**Os artigos assinados não representam a opinião de O Defensor!

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