Artigo: Feliz Páscoa

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Por: Rodrigo Segantini*

Na noite de sua paixão, Jesus tomou o pão em suas mãos, deu graças, o partiu e o deu a seus discípulos, dizendo: “Tomem e comam, esse é meu corpo que será entregue por vocês”. Do mesmo modo, ao fim da ceia, Jesus tomou o cálice de vinho, deu graças novamente e disse a seus discípulos: “Tomem todos e bebam, esse é o cálice do meu sangue, o sangue da nova e eterna aliança, que será derramado por todos vocês para a redenção dos pecados”. E Cristo concluiu com um único pedido: “Façam isso para se lembrarem de mim”.
Os cristãos celebram essa passagem do Evangelho, em que foi instituída a Eucaristia, em seus cultos. Mas, em especial nesta época do ano, que chamamos de Semana Santa, a gente se dedica com mais cuidado a refletir sobre esse momento da vida de Jesus.
Dizemos que o martírio de Cristo na cruz foi por amor a nós e por isso devemos amá-Lo. Considero isso um equívoco. Não devemos amar a Jesus porque Ele se sacrificou. O Amor não precisa de um motivo, o verdadeiro Amor não tem qualquer razão.
O próprio Cristo nos ensina sobre isso. Jesus diz que devemos amar como Ele nos amou. Ninguém fez coisa alguma por Jesus para que Ele fosse compelido a nos amar. Ainda assim, Ele nos ama desmedidamente, a ponto de se dispor a se submeter aos mais degradantes flagelos para que pudéssemos ser redimidos. Jesus fez isso sem esperar nada em troca, porque  o Amor verdadeiro não precisa de nada em troca.

Além da partilha durante a Eucaristia, Jesus nos disse como poderíamos expressar nosso Amor por Ele: acolhendo os doentes, os pobres e os necessitados. Podemos ter uma Semana Santa ou podemos optar por ter uma vida santificada. Podemos só nos lembrar de Jesus durante a celebração eucarística ou podemos nos lembrar de Jesus a todo tempo, mantendo nossos braços estendidos a todos os nossos irmãos, enxergando Cristo em cada pessoa a nossa volta, sem fazer qualquer acepção.
Que o Senhor permita que seu coração seja tocado pelo Espírito Santo neste tempo em que Jesus nos convida para segui-Lo. Que assim como Cristo ressuscitou no domingo de Páscoa, que Ele possa também resplandecer mais uma vez em nossos corações.

*Rodrigo Segantini é advogado, professor universitário, mestre em psicologia pela Famerp.

**Os artigos assinados não representam a opinião de O Defensor!

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